quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

 Covid 19

Estou cansado,

Estou farto,

Longa é a reclusão,

Em casa prisioneiro,

Cumprindo condenação,

Por crime não praticado,

Tendo isso em atenção,

A culpa é do maldito,

Vírus contagiante,

Sem descriminação,

Contagia novos e velhos,

Homens, mulheres e outros,

O que estiver à mão,

Para semear e a eito,

Faz a sua sementeira,

Sem escolher o chão,

Progride a olhos vistos,

Sem estremas nem fronteiras,

Neste Lusitano Torrão,

Resta-nos esperar,

Esperançados na derrota,

Que as vacinas lhe darão,

Para nosso sossego,

Afecto e liberdade,

Para nossa consolação.

 

Rio de mouro, 31-12-20

Francisco Parreira.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

 Adeus Ano velho 2020

Na minha história de vida
Conto oitenta primaveras
Olho para trás e vejo
Que sonhei muitas quimeras.
Vou sentindo algum cansaço
mas isso não me desanima
Vou aprendendo no dia a dia
A viver com maestria.
A vida é uma estrada
Que procuramos percorrer
Com curvas e contra curvas
Que nós temos que vencer.
O ano 2020 foi difícil de viver
Venci muitos obstáculos
Porque guerreira eu nasci
Lutarei para ser feliz
Que mais posso eu querer...
Despeço-me agradecida
Deste ano que vivi...
Coisas boas e outras não
Mas a vida é mesmo assim.
Então foi Natal, o novo ano
Está a chegar nele depósito a Esperança de alguns sonhos
Concretizar.
O ano 2021 será mais um desafio
Estou pronta para continuar
A Viver com a alegria
De quem tem muito para dar
E também para receber.
Será um ano de esperança
Cumprirei o meu destino
Nele tenho confiança
Laurette Urbano

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

 

RECICLAR   

FAVAS

I - Reciclar é preciso,

Acção que levo a peito,

Reciclo o que posso,

Disso tiro proveito.

II – Fava- rica já ouvi,

pelas ruas de Lisboa,

das favas era pregão,

prenúncio de coisa boa.

III – Estas depois de secas,

eram para semear,

o tempo não veio a jeito,

tiveram que esperar.

IV – Assim a época passou,

O covid foi culpado,

Deste nobre produto,

Não ser semeado.

V – Como sou poupadinho,

Não o quis ver estragado,

Com bom gosto e jeito,

Assim foi reciclado.

 

 

 

 

VI – Este produto genuíno,

No Alentejo criado,

Temperado a meu gosto,

Para assim ser degustado,

VII – Já sei não posso abusar,

Nisso tenho orgulho,

Como pouco de cada vez,

Sem empanturrar o bandulho,

Rio de Mouro 07-12-20

Francisco Parreira.

domingo, 29 de novembro de 2020

 Poema – vida

O código de barras,

À nascença nos acompanha,

Trás tempo de validade,

O tempo se chama vida,

Em total desigualdade,

Curta ou mais comprida,

Em escrita indecifrável,

Não consegue ser lida,

Nem tão pouco inescrutável,

Sem poder ser alterado,

Naquela data improvável,

O destino vem marcado,

É feita a separação,

Para o nosso coração.

Rio de Mouro 30-11-20

Francisco Parreira.

sábado, 28 de novembro de 2020

 #EmNovembroDeslumbroNosDesafios#

Amor

Para hoje a sugestão,

Escrever sobre o amor,

Onde as leis da natureza,

Praticam a sua acção,

No sentimento, carinho e beleza,

Gerando grande atracção,

Entre coisas e pelas coisas,

Sem qualquer distinção,

Tantas as formas de amar,

Para quebrar a solidão,

E para tudo continuar,

Promove a procriação.

Rio de Mouro – Francisco Parreira

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

 

Bactéria/vírus

Mostra-te ao mundo,

Não andes escondida

Invisível, vil bactéria,

Mortífera é tua causa,

O mundo está na miséria,

Onde não faças estragos,

Procura novo hospedeiro,

De gravata e paletó,

Humaniza-te sê cavalheiro,

Infectados por ti metem dó,

Não conseguem respirar,

Nas gargantas dás-lhe nó,

Sufocas até matar,

A família está ausente,

Teu contacto é latente,

Não se pode aproximar,

Para o último adeus,

Resta-lhe na fé a esperança,

Que sigam em paz com Deus.

 

 Rio de Mouro 23-11-20.

Francisco Parreira.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 

Parques de merendas

Parques de merendas na aldeia de Rio de Mouro, à data em que vim para cá morar, Abril de 1973, se os havia desconheço, não levem a mal, mas é a verdade.

Lembro-me de tardiamente, ouvir falar no pinhal do Escouto, onde diziam haver uma fonte com água muito fresca, onde aos fins-de-semana, alguns fregueses passavam as tardes de Domingo, gozando o ar puro do pinhal e regalando-se com a água fresca.

Não tínhamos transporte próprio, as nossas deslocações eram de camioneta e comboio, não eramos e não somos, grandes adeptos das refeições em campo aberto, onde normalmente as mesmos são autênticas pistas de aterragem dos indesejáveis insectos vespas e moscas.

  Assim quando a oportunidade se proporcionava, o nosso destino era a proximidade do mar, se o tempo permitia, a praia grande era a preferida, para dar largas a nossa imaginação, brincar, correr, saltar, ao fundo bem perto do rochedo, aquelas dezenas de degraus, quantas as vezes que os subi e desci não sei, mas foram bastantes. Outro lugar preferido era o Parque da Liberdade em Sintra, onde já havia e ainda há, parque de merendas e espaço para crianças, rodeados daquele frondoso arvoredo, ali sim eram três em um, natureza, parque de merendas e parque infantil, tudo quase à mão de semear.  

Quando aqui aluguei casa, fiquei a residir na extrema da freguesia, que alguns consideravam Mem-Martins, aonde também me deslocava amiúde, por ser mais perto, a confusão no poder local era tal, que quando nas eleições em 25 de Abril de 1975 se foi votar, os moradores do meu prédio votaram consoante o cariz político das freguesias, Rio de Mouro esquerda, Mem-Martins direita, no mesmo prédio duas freguesias.

Rio de Mouro 09-11-20 – Francisco Parreira.

domingo, 8 de novembro de 2020

 

POEMA - Recomece

Quando a vida bater forte e a sua alma sangrar.

Quando esse mundo pesado lhe ferir, lhe esmagar.

É hora do recomeço. Recomece a lutar. (Beatriz Costa)

Quando tudo for escuro e nada iluminar.

Quando tudo for incerto e você só duvidar.

É hora do recomeço. Recomece a acreditar (Francisco)

Quando a estrada for longa e seu corpo fraquejar.

Quando não houver caminho nem um lugar para chegar.

É hora do recomeço. Recomece a caminhar. (Glória)

Quando o mal for evidente e o amor se ocultar.

Quando o peito for vazio e o abraço faltar

É hora do recomeço. Recomece a amar. (António)

Quando você cair e ninguém lhe amparar

Quando a força do que é ruim conseguir lhe derrubar.

É hora do recomeço. Recomece a levantar. (Alcina)

Quando a falta de esperança decidir lhe açoitar.

Se tudo o que for real for difícil suportar

É hora do recomeço. Recomece a sonhar. (Leopoldina)

É preciso de um final pra poder recomeçar.

Como é preciso cair pra poder se levantar.

Nem sempre engatar a ré significa voltar. (Laurette)

Remarque aquele encontro. Reconquiste um amor

Reúna quem lhe quer bem. Reconforte um sofredor.

Reanime quem tá triste e reaprenda na dor. (Beatriz Maia)

Recomece! Se refaça! Relembre o que foi bom.

Reconstrua cada sonho. Redescubra algum dom.

Reaprenda quando errar. Rebole quando dançar. (Ana Maria)

E se um dia lá na frente, a vida der uma ré.

Recupere a sua fé, e recomece novamente. (TODOS)

 

De Braulio Bessa  

Rio de Mouro o4-112020 Francisco Parreira

Zeca Afonso - Filhos da Madrugada

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

 

--Francisquinho dos sete ofícios--

Vivência de sete ofícios

Como vou descrever

Não levem a mal

Guardei gado, raspei vinha

Como trabalhador rural.

No montado marcador

Ajuntador e coqueiro

Desempenhei com fervor

A profissão de serralheiro

Na grande serralharia

Abandonei trabalho sujo e dureiro

Procurei uma padaria

Lá aprendi a ser padeiro

Fui amaçador e forneiro.

Mas eu desejava mais

Na tropa amanuense

Escriturário e escrivão nos tribunais

Na TAP um TRT – Tec.Rec.Trafego

Técnico escriturário

Até me reformar

Foi este o meu fadário

Até o Projecto Criar Afectos encontrar              Rio de Moro 29.10-2929 Francisco Parreira

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

 


Proverbio

Dá Deus Nozes a quem não tem dentes

 I – No Alentejo eu tenho,

Especial nogueira,

Sem miolo colho nozes,

Furadas desta maneira.

II – Foram estas as nozes,

Que me calhou apanhar,

Se já me faltam dentes,

Não as podia mastigar.

III – Gosto de vê-lo trabalhar,

Nas secas árvores Picar,

Fazendo o seu buraquinho,

Onde vai nidificar.

IV – Seu nome pica-pau,

Branco e preto é o safado,

Com tão grande habilidade,

Fica todo esventrado.

V – ele é o primeiro,

Deste trabalho seriado,

Quando está satisfeito,

Vai cantar para outro lado. 

VI – A seguir vem o chapim,

De bico fino e tenaz,

Pelo minúsculo furo,

Tira tudo o que é capaz. 

VII – Segue-se então a formiga,

Com seu saber genial,

Nada a incomodando,

Faz a extracção final. 

VIII – Sem fazer distinção,

A natureza criou,

Seguindo o ciclo da vida,

Três cadeias alimentou. 

 Rio de Mouro 19-10-2020

Francisco Parreira.


- Biografia -

 Agostinho da Silva

Jorge Agostinho Batista da Silva, nascido no Porto em 13-02-1906 e falecido em Lisboa a 03-04-1994. Filósofo, poeta, ensaísta, professor, filólogo, pedagogo, tradutor, combinou elementos de panteísmo milenarismo e a ética da renúncia, afirmando que a liberdade é a qualidade mais importante do ser humano e sempre empenhado da mudança da sociedade.

No ano em que nasceu, foi para Barca d’Alva, aos seis anos regressou ao Porto, iniciou a escola na Escola Primária de São Nicolau em 1912 e em 1914 ingressou na Escola Industrial Mouzinho da Silveira, no Liceu Rodrigues de Freitas de 1916 a 1924 fez os estudos secundários. Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde terminou a licenciatura com 20 valores e defendendo o seu doutoramento como título “ o sentido histórico das civilizações clássicas “ de onde saiu com louvor.

Em 1931 parte como bolseiro para Paris, indo estudar na Sorbonne e no Collège de France e colaborava na revista Seara Nova.

Em 1933 regressa a Portugal e ao ensino secundário em Aveiro até 1935, altura em que é demitido, por se recusar a assinar “ A Lei Cabral “, que obrigava todos os funcionários públicos, a declarar por escrito, que não pertenciam a organizações secretas.

Nesse mesmo ano consegue uma bolsa do Ministério-das-Relações Exteriores de Espanha, onde vai estudar no Centro de Estudos Ibéricos de Madrid. 

Devido à iminência de guerra civil em 1936 regressa a Portugal e em 1939 cria o museu pedagógico Antero de Quental. Em 1943 é preso pela polícia política e em 1944 abandona o país e ruma à América do Sul, passando pelo Brasil, Uruguai e Argentina. No ano de 1947 instala-se no Brasil onde viveu até 1969, primeiro em São Paulo, depois em Itatiaia, onde fundou uma comunidade. Trabalha em 1948 no Instituto Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro e estudava entomologia e simultaneamente ensinava na Faculdade Fluminense de Filosofia.

Colaborou em várias iniciativas, foi assessor político externo do presidente Jânio Quadros. Participou na criação da Universidade de Brasília, idealizou o Museu do Atlântico Sul em Salvador da Baía.

Após a morte de Salazar em 1969 regressa a Portugal e continua a leccionar.

Emitiu uma série televisiva e deu algumas entrevistas.

Não se sabe ao certo quantos filhos tinha, quando nasciam eram filhos de pai incógnito, mas pelo menos sete eram.

Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada em 1987.

Morreu em Lisboa em 1994 no Hospital São Francisco Xavier. 

 

Rio de Mouro 01-09-2020 - Francisco Parreira.

Fontes de informação Internet.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 

Consumismo

A- Que barafunda neste quarto, o que estás a fazer?

B- Estou a separar roupa velha ou que já não uso, para levar para o lixo e arranjar lugar para a peças que vou comprar, vem aí o Natal. Olha, olha está aqui uma peça que ainda não a estriei, já não se usa e eu não gosto dela, vai também.

A- Em lugar de pores no lixo toda essa roupa, porque não a pões num       saco ao lado do contentor, que alguém ainda a aproveita.

B -Não gosto de me ver com ela, não gosto de ver mais alguém usá-la.

A -Está bem tu é que sabes.

B - Agora tenho que comprar roupas com mascaras a condizer.

A - Também não é preciso tanto exagero.

 B -T u quando compras uma camisa ou um fato, compras gravatas a condizer, eu também posso comprar adereços a condizer.

 A -Está bem, está bem, olha falaste no Natal, como vai ser este ano, na nossa casa ou na casa dos filhos?

B - Não sei ainda, é cedo e este ano não estou na disposição de por as mãos nas massas. Não deve faltar onde comprara os fritos e os doces.

A - Sim mas nós adoramos os caseiros feitos por ti, mas assim talvez não haja tanto desperdício.

B -Este ano não faço doces para ninguém.

A -Olha e com respeito às prendas, como é este Natal?

B -Ainda não sei, tenho andado a ver umas coisas lindas, mas ainda não decidi, e tu o que queres?

A -Há eu fico barato, cada um de vocês dá-me um abraço bem apertado e eu fico consulado.

Rio de Mouro, 21-10-2020. Francisco Parreira.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

 


Pitangas

I

Não são só nozes furadas,

No Alentejo também há beleza,

Olhem lá estas pitangas,

Se não são uma lindeza?

II

Também já tem clientes,

Saborosas como são,

Já aparecem picadas,

Na árvore e no chão,

III

Escolhe sempre as melhores,

Na árvore dependuradas,

Vermelhas e maduras,

Suportam suas picadas.

IV

Não sei qual é o magano,

Que lhe diferencia a cor,

Logo que amadurecem,

Ele vai experimentar o sabor.

V

Só lhe comendo a polpa,

O caroço não lhe agrada,

Saltitando de ramo em ramo,

Muita deixa lá picada.

 

 

 

VI

É mínimo o prejuízo,

Enorme a alegria,

Ver aquela passarada,

Voando por ali todo o dia.

 

Rio de Mouro 20-10-2020



Francisco Parreira.


quinta-feira, 8 de outubro de 2020

 Vivências

Arrependido

Homem de estatura media, oriundo do meio rural, de trato fácil mas reservado, analfabeto, com sessenta anos feitos, recluso no Estabelecimento Prisional de Monsanto, em cumprimento de pena máxima por homicídio, na década dos anos sessenta, do século passado, quando atingiu a parte da pena exigida, e, dado o seu bom comportamento prisional, o Director do Estabelecimento Prisional, propô-lo para a concessão da liberdade condicional.

A proposta foi recebida no Tribunal de Execução de Penas, o processo foi instruído e seguiu termos normais, foi ouvido o recluso, que se mostrou muito agradado, foi proferida a sentença favorável ao pedido expresso e procedeu-se à notificação do arguido.

Após ser notificado, o arguido reuniu seus parcos haveres, recebeu o pecúlio a que tinha direito e saiu em liberdade, “ condicionada “.

Na paragem em frente ao Estabelecimento Prisional apanhou o autocarro da carreira número 11, seu destino era procurar familiares, que esperava encontrar, num bairro degradado, junto à Praça de Espanha, onde desceu.

Nos anos que esteve preso, e, foram muitos, toda aquela zona sofreu grandes alterações, onde era a antiga feira popular, estava e esta, a Gulbenkian, espaço totalmente diferente, o bairro onde ele esperava encontrar familiares, havia sido demolido e servia de estaleiro de obras em curso. Tudo mas mesmo tudo por ali estava diferente, para ele era desconhecido.

Consciente da sua condição de precária liberdade, na Avenida de Berna, numa casa de frutas existente, pegou num cacho de bananas, pô-las às costas e seguiu, logo foi barrado pelo dono do lugar que chamou a polícia, não ofereceu qualquer resistência, imediatamente foi detido.

Constituído o processo na Polícia de Segurança Pública, foi o detido levado à presença do Juiz que dois dias antes, lhe havia concedido a tão almejada  liberdade  condicional.

O detido foi ouvido pelo Juiz, mostrou-se arrependido, pediu para regressar à cadeia e ao serviço que lá costumava executar, ele fora o ordenança do director do Estabelecimento, estava mais tempo no exterior dos edifícios do que no interior dos mesmos. Disse mesmo ao Juiz: SIC “ Senhor Doutor Juiz, cumprirei o resto da pena, e, se possível prolongue-me a prisão, para que eu não saia de lá mais, sem familiares não saberei mais viver em liberdade “.

Voltou novamente à condição de recluso, para cumprir o que lhe faltava da pena, foram-lhe aplicados mais dois anos pela desobediência.

Do tribunal seguiu para o Estabelecimento Prisional de Monsanto e não mais fomos contactados.

 

Rio de Mouro 03-10-2020 – Francisco Parreira.

 A Batalha das Berlengas

Esta batalha teve como senário o Oceano Atlântico e o Forte de São João Baptista, edificado na Berlenga Grande, foi travada no ano de 1666, durante a guerra da restauração, entre portugueses e espanhóis.

O forte era à altura chefiado pelo cabo António Avelar Pessoa, e, tinha uma guarnição de pouco mais de vinte homens, enquanto a frota espanhola sediada em redor das ilhas, nas profundas águas oceânicas, era comandada por Diogo de Ibarra, composta por 15 embarcações e centenas de homens.

A finalidade do cerco e ataque era raptar a rainha D. Maria Francisca de Saboia, na sua chegada ao reino de Portugal, para impedir que casasse com D. Afonso VI.

A frota invasora ia destruindo tudo ao seu alcance, já tinha destruído as pescas portuguesas, bombardeadas as cidades ao longo da costa, por onde passava, cortava o fornecimento de alimentos por via marítima, tudo isto em apenas um mês.

Em dois dias de bombardeio naval, as perdas foram proporcionais ao poderio, quem mais tinha mais per deu, foi afundada a nau Covadonga e foram danificadas outras duas, que foram afundadas no regresso a Cadis.

Após a heróica resistência e a traição de um desertor foi tomado e destruído o forte, a guarnição restante capturada, sendo o cabo António Avelar Pessoa ferido em combate, transportado para Peniche.

Cerca de cem anos mais tarde foi reconstruída a fortaleza e aumentado o seu poder de fogo.

Na época presente o barco que faz a carreira entre Peniche e Berlenga, tem o nome do valoroso cabo António Avelar Pessoa,

Rio de Mouro 08-10-20

Francisco Parreira  

terça-feira, 22 de setembro de 2020

 

EQUINÓCIO DE OUTONO 2020

I

Como estava saudoso,

Estou agora a perceber,

Aqui onde estou sentado,

Alegre vejo chover.

II

Chegou com sacola ao ombro,

O carteiro vai a passar,

La vai para aquele lado,

Uma carta entregar,

III

As gaivotas nos visitam,

Por aqui a esvoaçar,

As gaivotas em terra,

Tempestade no mar.

IV

Procuram algum alimento,

Que alguém vai atirar.

Para os pombos em bando,

Que acorrem a debicar.

 

 

VI

Neste desigual duelo,

Para alimento encontrar,

São as gaivotas que vencem,

Levam tudo sem poisar.

VII

Rajadas de vento sul forte,

Sopram para castigar,

As indefesas árvores,

Que rodopiam sem parar.

VIII

Os efeitos são nefastos,

Como agora podemos ver,

As pernadas estão no chão,

Continua a chover.

IX

Visível foi o relâmpago,

Audível foi o trovão,

Amanhã já é Outono,

Acaba assim o Verão.

 

Rio de Mouro 21-09-2020

Francisco Parreira

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

 Gratidão

Sendo a gratidão o reconhecimento de um benefício, é uma palavra que nunca esqueço e que pronuncio constantemente com muita convicção. Hoje muito agradeço ao meu ex-colega, que quando eu procurava casa, me convidou a vir a esta zona, onde ele já morava e que eu mal conhecia, onde acabámos por ficar, obrigado amigo, foi graças a ti que reencontrei e conheci pessoas ainda familiares e amigos que muito estimo, que foram e são amigos para todos os momentos.

Também estou muito grato aos fregueses desta terra que bem me acolheram e onde me sinto como peixe em água despoluída.

Foi também aqui que para a minha terceira idade, encontrei um Porto de Abrigo, que se chamava “ Projecto Criar Afectos “, hoje chama-se USCARM, a minha gratidão a todos os que contribuíram para a sua transformação e crescimento. Criando esta grade família onde nos sentimos bem, somos amigos, temos um grupo de pessoas que dão o seu melhor, sem nada em troca, para que nos sintamos bem e ocupados,  temos também a incansável Doutora Marisa Pereira, que com a sua luz nos alumia e com o seu saber, os bons caminhos nos indica, ampara e fortalece.

Rio de mouro 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

 A minha História - Documento a enviar para a USCARM

1) Nome? Francisco Maria Beja Parreira.

 2) Idade? Tenho 76 anos.

3) A minha história é a persistência da minha memória.

4) Do que gosto? Gosto de caminhar, gosto de alguns desportos, gosto de são convívio, gosto de passear e sobretudo passeios temáticos, para ver e aprender, gosto de teatro, gosto de ler escrever, gosto de fazer parte da família USCARM.

5)De que não gosto? Não gosto de qualquer género de fanatismo, não gosto de criticar por criticar, não gosto de descriminações humanas, não gosto de difamação, não gosto de apertos, não gosto de trânsito caótico.

6) Onde nasci? Nasci na freguesia e conselho de Santiago do Cacem.

7) O brinquedo de infância proferido? O brinquedo favorito, arco e a gancheta.

8) Como me defino? Defino-me uma pessoa séria e honesta, amigo dos meus amigos, e sempre proto para a ajudar.

9) O que melhor podem dizer de mim? O melhor que podem dizer de mim é a verdade, tanto para o bem como para o mal, porque quem não deve não teme.

10) Onde conheceu sua mulher? A minha mulher conhecia na terra da nossa naturalidade, Santiago do Cacem.

11) Quantos filhos e netos? Tenho dois filhos e um neto.

12) Se pudesse escolher três coisas quais seriam?

a) Pedia que os líderes religiosos, Políticos e monetários mundiais se entendessem e acabassem com as inúteis guerras, minguassem a fome e a miséria mundiais e todos pudéssemos viver mais iguais;

b)Que os dinheiros gastos em investimentos megalómanos, parte dele fosse investido na medicina, para todos termos direito a melhor saúde;

c) Por último pedia que quando chegado o momento de partirmos, partíssemos em paz e sem sofrimento.

13) Escolha: um livro, um filme e uma música? Como livro, lembro Papillon, como filme Musica no Coração, como musica mais moderna qualquer de André Rieu.

Rio de Mouro 17-09-2020 Francisco Parreira.  

quinta-feira, 3 de setembro de 2020


ÁRVORE GENEALÓGICA
Para nascer precisamos de:
2 Pais
4 Avós
8 Bisavós
16 Trisavós
32 Tetravós
64 Pentavós
128 Hexavós
256 Heptavós
512 Oitavós
1024 Éneavós
2048 Décavós
Apenas no total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTRAIS, tudo isso em aproximadamente 300 anos antes de eu ou tu nasceres!
Pára um momento e pensa...
- De onde eles vieram?
- Quantas lutas já lutaram?
- Por quanta fome já passaram?
- Quantas guerras já viveram?
- A quantas vicissitudes sobreviveram os nossos antepassados?
Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?
Quanto da sua força para sobreviver, cada um deles tiveram e deixaram dentro de nós para que hoje estejamos vivos.
Só existimos graças a tudo o que cada um deles passou

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

USCARM
Unidos assim venceremos,
Sem qualquer hesitação,
Com conta peso e medida,
Ao leme com alma e coração,
Remaremos para sulcar,
Mares e rios por boa direcção.

Para na UCARM Passeara,
Doutora Marisa presente,
Feita foi a contagem,
Podemos seguir em frente.

Tudo ok no autocarro,
Seguimos  por bons caminhos,
Temos excelente motorista,
O amigo Luís Raminhos.

Na Uscarm e na ARPI,
Actividades acabadas,
O que virá por aí,
Nestas datas mais chegadas.
Rio de Mouro, 31-08-2020 - Francisco Parreira.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020


Mote – (primeira quadra de que tenho registo)
Ó minha rosa em botão,
Na tua maneira de ver,
Querida do coração,
Porque me fazes sofrer.
I - A minha consideração,
Não sei onde chegará,
Maria (A) nome tão lindo.
Que muito me faz pensar,
Onde outra encontrarei,
Para a ti comparar,
Eu nem quero acreditar,
Que tenhas comparação,
Para comigo condizer,
Ó minha rosa em botão.
II - Para te falar verdade,
Tu é que és a culpada,
De eu ser um infeliz,
Ter uma vida amargurada,
A que tu não dás valor,
Nem aquele merecimento,
De que eu possa ser dotado,
Eu não estou a merecer,
Quaisquer umas regalias,
Na tua maneira de ver.
III – Tu é que tens a culpa,
Desta tão triste sorte,
Já que me não tens amor,
Ó menos pede-me a morte,
Coisa que eu tenho to certa,
Como o amor que te dedico,
Na tua frente ou nas costas,
Tens sempre a mesma afeição,
Não sou eu de quem tu gostas,
Querida do meu coração.
IV – Não vais levar a mal,
Esta séria brincadeira.
De um amor imortal,
Que se por querer divertir,
Devia estar na prisão,
Na cadeia dos teus braços,
Junto a esses teus peitos,
Se eu te amo a a valer,
Com todos os preconceitos,
Para que me fazes sofrer.
Rio de Mouro 20-08-2020
Francisco Maria Beja Parreira
Reescrito pelo ( o autor amador )
Escrito na década de sessenta do século passado.

terça-feira, 21 de julho de 2020

O trabalho sugerido par hoje foi escrever uma carta , Aqui está ela, não sei é a quem a endereçar.
##Prisões! o que as diferenciar? Numa estão os inocentes, apanhados, presos, ali encarcerados, sem opção de escolha,sem fins de semana livres, sem direito a nada, nem uma única precária, o único crime cometido foi serem livres,sem terem sequer uma data limite para a saída. parece haver quem não goste da liberdade. Os da outra prisão, os prevaricadores, criminosos, assassinos, pedófilos etc.os não cumpridores, das normas sociais e leis, estão ali por culpa própria,com data estipulada para a sua saída, e, gozando as suas precárias ao fim de semana

domingo, 19 de julho de 2020


# Trevo #
Trevo, ó trevo,
Trifólio trevo,
Dizer mal de ti,
Eu não me atrevo.
Trevo, ó trevo,
Erva com manha,
 Tanta que cortei,
Com minha gadanha.
Trevo, ó trevo,
Erva redonda,
Tanta arranquei,
Ao fazer a monda.
Trevo, ó trevo,
Lá nos trigais,
Só arrancado,
Não crescias mais.
Trevo, ó trevo,
Pelos campos vais,
Criando boas pastagens,
Para os animais.
Trevo, ó trevo,
Crescido para o corte,
Feita a ensilagem,
És um alimento forte.
Trevo, ó trevo,
Corte certo e pleno,
Seco e emolhado.
És um bom feno.
Trevo, ó trevo.
És uma raridade,
Trevo quadrifólio,
Tens muita vaidade.
Trevo, ó trevo,
Assim tu és chamado,
Trevo-de-quatro-folhas,
Por tantos és procurado.  
Trevo, ó trevo,
Tens a mesma qualidade,
Mas a crença em que há em ti,
Não desminto é verdade.
Trevo, ó trevo,
Varias nas cores,
Varias nos folíolos,
Varias nas flores.
Trevo, ó trevo,
Tens tanta variação,
Cantam-te em dueto,
Uma linda canção.
RMouro, 19-07-20 – Francisco Parreira.
https://www.youtube.com/watch?v=6Gh5YvNKAmA

segunda-feira, 6 de julho de 2020


Achei  de interesse ,copeei
"Um dia, um jovem perguntou ao seu avô: " Avô! Como puderam viver antes...
- sem tecnologia
- sem internet
- sem computadores.
- sem drones
- Sem Bitcoins
- sem telemóveis.
- sem facebook
O avô respondeu:
" tal como a tua geração vive hoje...
- sem orações.
- sem dignidade.
- sem compaixão.
- sem vergonha
- sem honra.
- sem respeito
- sem personalidade
- sem carácter
- sem amor próprio
- sem modéstia.
Nós, as pessoas nascidas entre 1950 e 1989 fomos abençoados.
👉 quando montávamos de bicicleta, nunca usamos o capacete.
👉 depois da escola, fazíamos os trabalhos de casa e saíamos para jogar até ao anoitecer.
👉 brincávamos com amigos de verdade, não amigos da internet.
👉 se alguma vez nos sentíamos sedentos, bebemos água do cano, não água engarrafada.
👉 nunca ficamos doentes compartilhando o mesmo copo com os nossos amigos.
👉 nunca ganhamos peso comendo pratos de arroz todos os dias.
👉 não aconteceu nada aos nossos pés, apesar de andar descalços.
👉 nunca usamos suplementos para nos manter saudáveis.
👉 costumávamos criar os nossos próprios brinquedos e brincar com eles.
Os nossos pais não eram ricos. Eles deram-nos amor, não materiais mundanos.
👉 nunca tivemos telemóveis, DVD, play station, Xbox, videogames, computadores pessoais, internet... mas sim tivemos amigos de verdade.
👉 visitávamos a casa do nosso amigo sem ter sido convidados e desfrutamos da comida com eles.
👉 os familiares viviam perto para aproveitar o tempo da família.
👉 é possível que tenhamos estado em fotos a preto e branco, mas podemos encontrar lembranças muito coloridas nessas fotos.
👉 somos uma geração única e mais compreensiva, porque somos das última gerações que ouviram os seus pais..."
Autor desconhecido