Parques de merendas
Parques de
merendas na aldeia de Rio de Mouro, à data em que vim para cá morar, Abril de
1973, se os havia desconheço, não levem a mal, mas é a verdade.
Lembro-me de
tardiamente, ouvir falar no pinhal do Escouto, onde diziam haver uma fonte com
água muito fresca, onde aos fins-de-semana, alguns fregueses passavam as tardes
de Domingo, gozando o ar puro do pinhal e regalando-se com a água fresca.
Não tínhamos
transporte próprio, as nossas deslocações eram de camioneta e comboio, não
eramos e não somos, grandes adeptos das refeições em campo aberto, onde
normalmente as mesmos são autênticas pistas de aterragem dos indesejáveis
insectos vespas e moscas.
Assim quando
a oportunidade se proporcionava, o nosso destino era a proximidade do mar, se o
tempo permitia, a praia grande era a preferida, para dar largas a nossa imaginação,
brincar, correr, saltar, ao fundo bem perto do rochedo, aquelas dezenas de
degraus, quantas as vezes que os subi e desci não sei, mas foram bastantes. Outro
lugar preferido era o Parque da Liberdade em Sintra, onde já havia e ainda há,
parque de merendas e espaço para crianças, rodeados daquele frondoso arvoredo, ali
sim eram três em um, natureza, parque de merendas e parque infantil, tudo quase
à mão de semear.
Quando aqui
aluguei casa, fiquei a residir na extrema da freguesia, que alguns consideravam
Mem-Martins, aonde também me deslocava amiúde, por ser mais perto, a confusão
no poder local era tal, que quando nas eleições em 25 de Abril de 1975 se foi
votar, os moradores do meu prédio votaram consoante o cariz político das freguesias,
Rio de Mouro esquerda, Mem-Martins direita, no mesmo prédio duas freguesias.
Rio de Mouro
09-11-20 – Francisco Parreira.
Sem comentários:
Enviar um comentário