segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 

Parques de merendas

Parques de merendas na aldeia de Rio de Mouro, à data em que vim para cá morar, Abril de 1973, se os havia desconheço, não levem a mal, mas é a verdade.

Lembro-me de tardiamente, ouvir falar no pinhal do Escouto, onde diziam haver uma fonte com água muito fresca, onde aos fins-de-semana, alguns fregueses passavam as tardes de Domingo, gozando o ar puro do pinhal e regalando-se com a água fresca.

Não tínhamos transporte próprio, as nossas deslocações eram de camioneta e comboio, não eramos e não somos, grandes adeptos das refeições em campo aberto, onde normalmente as mesmos são autênticas pistas de aterragem dos indesejáveis insectos vespas e moscas.

  Assim quando a oportunidade se proporcionava, o nosso destino era a proximidade do mar, se o tempo permitia, a praia grande era a preferida, para dar largas a nossa imaginação, brincar, correr, saltar, ao fundo bem perto do rochedo, aquelas dezenas de degraus, quantas as vezes que os subi e desci não sei, mas foram bastantes. Outro lugar preferido era o Parque da Liberdade em Sintra, onde já havia e ainda há, parque de merendas e espaço para crianças, rodeados daquele frondoso arvoredo, ali sim eram três em um, natureza, parque de merendas e parque infantil, tudo quase à mão de semear.  

Quando aqui aluguei casa, fiquei a residir na extrema da freguesia, que alguns consideravam Mem-Martins, aonde também me deslocava amiúde, por ser mais perto, a confusão no poder local era tal, que quando nas eleições em 25 de Abril de 1975 se foi votar, os moradores do meu prédio votaram consoante o cariz político das freguesias, Rio de Mouro esquerda, Mem-Martins direita, no mesmo prédio duas freguesias.

Rio de Mouro 09-11-20 – Francisco Parreira.

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