segunda-feira, 26 de outubro de 2020


- Biografia -

 Agostinho da Silva

Jorge Agostinho Batista da Silva, nascido no Porto em 13-02-1906 e falecido em Lisboa a 03-04-1994. Filósofo, poeta, ensaísta, professor, filólogo, pedagogo, tradutor, combinou elementos de panteísmo milenarismo e a ética da renúncia, afirmando que a liberdade é a qualidade mais importante do ser humano e sempre empenhado da mudança da sociedade.

No ano em que nasceu, foi para Barca d’Alva, aos seis anos regressou ao Porto, iniciou a escola na Escola Primária de São Nicolau em 1912 e em 1914 ingressou na Escola Industrial Mouzinho da Silveira, no Liceu Rodrigues de Freitas de 1916 a 1924 fez os estudos secundários. Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde terminou a licenciatura com 20 valores e defendendo o seu doutoramento como título “ o sentido histórico das civilizações clássicas “ de onde saiu com louvor.

Em 1931 parte como bolseiro para Paris, indo estudar na Sorbonne e no Collège de France e colaborava na revista Seara Nova.

Em 1933 regressa a Portugal e ao ensino secundário em Aveiro até 1935, altura em que é demitido, por se recusar a assinar “ A Lei Cabral “, que obrigava todos os funcionários públicos, a declarar por escrito, que não pertenciam a organizações secretas.

Nesse mesmo ano consegue uma bolsa do Ministério-das-Relações Exteriores de Espanha, onde vai estudar no Centro de Estudos Ibéricos de Madrid. 

Devido à iminência de guerra civil em 1936 regressa a Portugal e em 1939 cria o museu pedagógico Antero de Quental. Em 1943 é preso pela polícia política e em 1944 abandona o país e ruma à América do Sul, passando pelo Brasil, Uruguai e Argentina. No ano de 1947 instala-se no Brasil onde viveu até 1969, primeiro em São Paulo, depois em Itatiaia, onde fundou uma comunidade. Trabalha em 1948 no Instituto Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro e estudava entomologia e simultaneamente ensinava na Faculdade Fluminense de Filosofia.

Colaborou em várias iniciativas, foi assessor político externo do presidente Jânio Quadros. Participou na criação da Universidade de Brasília, idealizou o Museu do Atlântico Sul em Salvador da Baía.

Após a morte de Salazar em 1969 regressa a Portugal e continua a leccionar.

Emitiu uma série televisiva e deu algumas entrevistas.

Não se sabe ao certo quantos filhos tinha, quando nasciam eram filhos de pai incógnito, mas pelo menos sete eram.

Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada em 1987.

Morreu em Lisboa em 1994 no Hospital São Francisco Xavier. 

 

Rio de Mouro 01-09-2020 - Francisco Parreira.

Fontes de informação Internet.

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