quinta-feira, 8 de outubro de 2020

 A Batalha das Berlengas

Esta batalha teve como senário o Oceano Atlântico e o Forte de São João Baptista, edificado na Berlenga Grande, foi travada no ano de 1666, durante a guerra da restauração, entre portugueses e espanhóis.

O forte era à altura chefiado pelo cabo António Avelar Pessoa, e, tinha uma guarnição de pouco mais de vinte homens, enquanto a frota espanhola sediada em redor das ilhas, nas profundas águas oceânicas, era comandada por Diogo de Ibarra, composta por 15 embarcações e centenas de homens.

A finalidade do cerco e ataque era raptar a rainha D. Maria Francisca de Saboia, na sua chegada ao reino de Portugal, para impedir que casasse com D. Afonso VI.

A frota invasora ia destruindo tudo ao seu alcance, já tinha destruído as pescas portuguesas, bombardeadas as cidades ao longo da costa, por onde passava, cortava o fornecimento de alimentos por via marítima, tudo isto em apenas um mês.

Em dois dias de bombardeio naval, as perdas foram proporcionais ao poderio, quem mais tinha mais per deu, foi afundada a nau Covadonga e foram danificadas outras duas, que foram afundadas no regresso a Cadis.

Após a heróica resistência e a traição de um desertor foi tomado e destruído o forte, a guarnição restante capturada, sendo o cabo António Avelar Pessoa ferido em combate, transportado para Peniche.

Cerca de cem anos mais tarde foi reconstruída a fortaleza e aumentado o seu poder de fogo.

Na época presente o barco que faz a carreira entre Peniche e Berlenga, tem o nome do valoroso cabo António Avelar Pessoa,

Rio de Mouro 08-10-20

Francisco Parreira  

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