A Batalha das Berlengas
Esta batalha
teve como senário o Oceano Atlântico e o Forte de São João Baptista, edificado na
Berlenga Grande, foi travada no ano de 1666, durante a guerra da restauração,
entre portugueses e espanhóis.
O forte era
à altura chefiado pelo cabo António Avelar Pessoa, e, tinha uma guarnição de pouco
mais de vinte homens, enquanto a frota espanhola sediada em redor das ilhas,
nas profundas águas oceânicas, era comandada por Diogo de Ibarra, composta por
15 embarcações e centenas de homens.
A finalidade
do cerco e ataque era raptar a rainha D. Maria Francisca de Saboia, na sua
chegada ao reino de Portugal, para impedir que casasse com D. Afonso VI.
A frota
invasora ia destruindo tudo ao seu alcance, já tinha destruído as pescas
portuguesas, bombardeadas as cidades ao longo da costa, por onde passava,
cortava o fornecimento de alimentos por via marítima, tudo isto em apenas um
mês.
Em dois dias
de bombardeio naval, as perdas foram proporcionais ao poderio, quem mais tinha
mais per deu, foi afundada a nau Covadonga e foram danificadas outras duas, que
foram afundadas no regresso a Cadis.
Após a heróica
resistência e a traição de um desertor foi tomado e destruído o forte, a guarnição
restante capturada, sendo o cabo António Avelar Pessoa ferido em combate, transportado
para Peniche.
Cerca de cem
anos mais tarde foi reconstruída a fortaleza e aumentado o seu poder de fogo.
Na época
presente o barco que faz a carreira entre Peniche e Berlenga, tem o nome do
valoroso cabo António Avelar Pessoa,
Rio de Mouro
08-10-20
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