terça-feira, 22 de setembro de 2020

 

EQUINÓCIO DE OUTONO 2020

I

Como estava saudoso,

Estou agora a perceber,

Aqui onde estou sentado,

Alegre vejo chover.

II

Chegou com sacola ao ombro,

O carteiro vai a passar,

La vai para aquele lado,

Uma carta entregar,

III

As gaivotas nos visitam,

Por aqui a esvoaçar,

As gaivotas em terra,

Tempestade no mar.

IV

Procuram algum alimento,

Que alguém vai atirar.

Para os pombos em bando,

Que acorrem a debicar.

 

 

VI

Neste desigual duelo,

Para alimento encontrar,

São as gaivotas que vencem,

Levam tudo sem poisar.

VII

Rajadas de vento sul forte,

Sopram para castigar,

As indefesas árvores,

Que rodopiam sem parar.

VIII

Os efeitos são nefastos,

Como agora podemos ver,

As pernadas estão no chão,

Continua a chover.

IX

Visível foi o relâmpago,

Audível foi o trovão,

Amanhã já é Outono,

Acaba assim o Verão.

 

Rio de Mouro 21-09-2020

Francisco Parreira

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