sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

-Par desavindo-
Portugal Pátria de paz,
Também sabe receber,
Quem o vier visitar,
Não se vai arrepender.

Sempre houve excepção,
Neste Torrão tão lindo,
O par Elsa – Fabian,
Não foi por cá bem-vindo.

Quando se desentenderam,
Elsa partiu amuada,
Desconhecendo o caminho,
Com sua força abriu estrada.

Seu recente rasto,
Fabian veloz seguiu,
Ao passarem por Montemor,
Foi o estrago que se viu.

Naquela linda região,
Com força ela terá chorado,
Foram tantas as lágrimas,
Tudo ficou alagado.

Para não ficar atrás,
Suas lágrimas ele dobrou,
Foram tantos os mililitros,
Que toda a zona inundou. 

Sentindo ele por perto,
Não se quis ela demorar,
Em aflição nos deixou,
Foi subindo sempre a chorar.

Para se mostrar mais forte,
Ciente de sua razão,
Não querendo ele ficar esquecido,
Fez a maior destruição.

Em má hora por cá passou,
Aquele par desavindo,
Para fazerem o que fizeram,
Valia mais não terem vindo.

Sempre lembrados serão,
Não pela melhor razão,
Mas pela grande destruição,
Feita com a enorme inundação,

Rio de Mouro, 27-12-2019
Francisco Parreira.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

_D e s n o r t e_
No consumismo festivo,
O povo anda embebido,
O solstício de inverno chegou,
Ou será que ficou esquecido?

Há o inverno não alegra,
As mentes festivaleiras,
Corram aos locais de venda,
Vaziem as prateleiras.

Todo o vosso entusiasmo,
O comércio agradece,
Para não haver desculpa,
Descontos altos diz que oferece.

Com a ilusão dos descontos,
Levam tudo sem pensar,
É só encher os carrinhos,
No mês que vem pagar.

Janeiro Mês severo,
Não chegou o subsídio e ordenado,
Sem haver alternativa,
Tudo está depenado.

Almejam-se ricas férias
Melhores dias hão-de vir,
Para fazerem figura,
Empréstimos vão contrair.

A bola de neve não para,
Está sempre a aumentar,
As dívidas descontroladas,
Já não as conseguem pagar.

Lá vão pedindo ajuda,
Sem resultado obter,
O capital não perdoa,
Tudo pago tem que ser.

A razão não lhes assiste,
O desnorte é total,
Tudo isto começou,
No consumismo do Natal.

Rio de Mouro, 23-12-19
Francisco Parreira.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019


_Ressignificação _
Saturnália , antiga festa pagã,
Invocando o Deus Sol,
Que os Romanos celebravam,
A vinte cinco de Dezembro,
Onde Baco invocavam,
Exibindo suas mascaras,
Nos pinheiros as penduravam,
A ela o povo acorria,
Vindo de todo o lado,
Em grande animação,
Ao solstício de Inverno,
Faziam adoração,
Celebrando as sementeiras,
Aplaudia a multidão,
Enquanto na Judeia,
O Menino nascia,
Realizava-se a festa do povo pagão,
Que no terreiro decorria,
Feita a ressignificação,
Correu bem quem diria,
Para festa do povo cristão,
Que hoje com fé e alegria,
Devoção e pujança,
Todos os cristãos adoram
Aquela linda criança.
Rio de Mouro, 20-12-2019                          Francisco Parreira

-Poema porno sério-
Que seja curto ou cumprido,
Que seja fino ou mais grosso,
É um órgão muito querido,
Por não ter espinhas nem osso.

De incalculável valor,
Ninguém tem um a mais,
E desempenha no amor,
Um dos papéis principais.

Quando uma dama aparece,
Ei-lo a pular com fervor,
Se é um rapaz, estremece,
Se é velho, tem pouco valor.

O seu nome não é tão feio,
Pois tem sete letrinhas só,
Tem um R e um A no meio,
Começa em C e acaba em O.

Nunca se encontra sozinho,
Vive sempre acompanhado,
Por outros dois orgãozinhos,
Junto de si, lado a lado. 

O nome deles porém,
Não gera confusões.
Tem sete letras apenas,
Tem U e acaba em ÕES.

Prá acabar com o embalo,
E com as más impressões,
Os órgãos de que eu falo…
São o CORAÇÃO e os PULMÕES.

Em asneira pensou, não é ???
Mente suja… aproveita agora e vai rezar…      Ainda tô rezando.
 
Rio de Mouro, 20-12-2019.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Sempre em Festa convidam
Tarde de Bowling
Sempre em Festa teatro senior
Mostra de teatro senior
Leitura no encontro de poetas.
Encontro de poetas
Leitura Menina do Mar
Menina do Mar leitura
Aniversário do Luis
Poesia de rapadura
Momento de ginástica
Vai dar bronca -19ª. festa
12 ª.Festa II
12ª. festa I
ginasteca
Amigos Facebook LOL
treino de marchas
Momentos com afecto.
Livro dos afectos
Diversão em roda
diversão

Plantação de árvores em fitares
Vida feita de afectos
18ª. festa dos afectos
Marcha dos afectos

10ª. festa dos afectos

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Esquecido

Ao Parreira pertenço,
Fico sempre esquecido,
Se por acaso me encontrares,
Mereço ser devolvido,
Um obrigado vos digo,
Fico-lhes muito agradecido.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019


Arte de não fazer nada
- P R E G U I Ç A -
Aos amantes desta Arte,
Eu vou relembrar,
Preguiçar não faz mal,
Então vamos celebrar,
Hoje o dia internacional,
À Preguiça dedicado,
Não me levem a mal,
O descanso é indicado,
Para levantar a moral,
Assim será sugerido,
Vamos parar e relembrar,
O tudo já vivido,
E com fé o futuro aguardar.

Rio de Mouro, 07-11-2019
Francisco Parreira.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A  G A N D A 
" VIDA E MORTE  " 
Nome pelo qual eram conhecidos os rinoceronte na Índia.
O rinoceronte - femia -foi ofertada pelo sultão muzafar II da região, ao vice rei da Índia Afonso de Albuquerque, no ano de 1514.
A chegada da ganda a Lisboa, acompanhada do seu tratador, OSSEM, após 120 -cento e vinte dias de viagem - a bordo da nau, Nossa Senhora da Ajuda, comandada por Cristóvão de Brito, que atracou em Lisboa a 20-05-1515, tendo sido um grande acontecimento, pela carga excepcional que trazia, estando em construção  a Torre de Belém, a movimentação na zona ainda se tornou maior.
A ganda naquela época considerada um animal de estimação, tal como o elefante, o leão, o tigre, etc., faziam parte da ostentação de riqueza, sendo também símbolos do poder.
Durante a viagem, a ganda foi alimentada com arroz e o seu corpo
barrado com manteiga de coco. Chegada a Lisboa ficou na praça da ribeira. Os outros animais de estimação do rei D. Manuel, tal como os seus tratadores " meriageri ", estavam no palácio  dos Estaus, ou Paço dos Estaus, mais tarde Palácio da Inquisição - Tribunal da Santa Inquisição de Lisboa -.
D. Manuel conhecedor da aversão entre rinocerontes e elefantes, quis prová-lo e brindar o povo com uma festa. Mandou erguer uma arena na Casa da Mina, essa arena estava dividida por um pano escuro, para uma das partes, aquela a que o povo tinha acesso e para gáudio dos presentes. No dia 13-06-1515 - Domingo dia da Santíssima  Trindade, foi levada a ganda, para a parte oculta da arena, foi levado um elefante para o outra parte, ficando este oculto da ganda. Quando todos estavam delirantes a ver a ganda, - o rinoceronte - foi removido o pano, a ganda assim que viu o elefante, desatou a correr contra ele, que espavorido, correu contra a vedação partindo-a e fugindo da zona, tendo a guarda  real sido incumbida de o procurar e capturar.
Lisboa na altura era lugar de passagem de muitos estrangeiros, onde se faziam grandes negócios, foram esses homens de negócios e jornalistas que divulgaram os acontecimentos e a riqueza do rei de Portugal.
Os mesmo descreveram o animal de tal forma, tendo o mesmo sido passado para a tela, fizeram-se representações, livros, documentos vários, desenhos, de tal forma que durante anos, nos livros escolares alemães, mantiveram o desenho do animal.
o rei D. Manuel ofereceu a ganda ao Papa Leão X, que antes tinha apreciado muito, um elefante que lhe oferecera.
A ganda e o seu tratador acompanhados de jóias e pratas, iniciou a viagem Lisboa/Roma, em Dezembro de 1515. quando a nau navegava perto de Marselha, o rei de França Francisco I, pediu que a nau atracasse, para ele ver a ganda. A 24-01-1516 a nau atraca, numa ilha perto de Marselha.
No seguimento da viagem, quando a nau já navegava em alto mar, foi apanhada por uma enorme tempestade, a ganda indo presa, não houve maneira de a libertar, tendo morrido afogada.
recuperada a pele, regressa a Lisboa, é empalhada e de novo oferecida ao Papa, onde fez grande sucesso.
Em portugal há sinais da ganda esculpida na Torre de Belém e no Mosteiro de Alcobaça, numa gárdula em forma de rinoceronte.

Rio de Mouro, 08-07-2019
Francisco Parreira. 

Maio de 1965

Era Domingo, a viagem naquela solarenga manhã, entre a vila do Montijo e Sete Rios - Lisboa, decorria normalmente como de costume. Como tinha tempo e gostava de de fazer aquele trajecto, barco até ao Terreiro do Paço, onde normalmente ia tomar um café no Martinho da Arcada, aí apanhava o  eléctrico  que me levava até à praça do Chile, onde depois apanhava outro que me levava até Sete-Rios, Estrada de Benfica. havia trajectos para rápidos, tais como ir ao Rossio apanhar o metro, mas era  aquele o meu preferido. Naquele dia o eléctrico no Martim Moniz trocou de guarda freio, o que provocou um pequeno atraso,então quando o eléctrico no Chile abrandou para seguir pela Morais Soares, seu destino era o Alto de São João, saltei com ele ainda em andamento, para atravessar a Praça do Chile para o outro lado, junto ao antigo Serviço de Assistência à Tuberculose, o outro eléctrico já estava a sair. 
Foi tão rápido o cerco que me fizeram, que quase nem tive tempo de respirar, não conseguia compreender de onde tinham surgido tão rapidamente, tantos policias de arma em punho e apontadas na minha direcção, felizmente não perdi a calma. de entre eles saiu um graduado, com a sua pistola no coldre.
Começou o interrogatório, de onde vens? Para onde ias?  já não perguntou para onde vais, foi para onde ias, enfim um sem número de perguntas, em pleno centro do antigo cruzamento dos eléctricos, na Praça do Chile, tardiamente lá veio a pergunta, o que fazes e tens  com que te identificar? Pedi autorização, meti a mão ao bolso, tirei o cartão que me identificava, como funcionário público, do Ministério da Justiça, que lhe entreguei, não o devia ter entregue, mas sim mostrado, ele o mirou e remirou, virou e revirou, vezes sem conta, ordenou aos outros polícias que baixassem as armas, cumprimentou-me com uma continência e devolveu-me o cartão, prontificou-se ir uma carrinha levar-me ao destino, o que eu recusei, então com umas descabidas palavras, algumas delas sem sentido, pediu-me para subir a rua Manuel da Maia e na paragem seguinte apanhar o eléctrico. tanto eu como os que já estavam naquela paragem, estivemos a ser vigiados, pelo polícia que ele destacou para me seguir, mas do lado oposto da rua, como se de nada se tratasse, mas sempre visível, pelo menos até entrarmos para o eléctrico. dali para a frente tudo estava normal.
Só da parte da tarde, consegui saber que os estudantes tinham convocado concentração, mas não diziam onde, assim todos os locais possíveis para a concentração estavam policialmente vigiados    
Rio de Mouro 30-10-2019 - Francisco Parreira    

domingo, 27 de outubro de 2019

Capitão Gancho e seus
Setenta marinheiros

Partiram hoje de Belém,
O Supremo quis ficar,
Os setenta marinheiros,
Para velha Nau bem governar.
I
O Timoneiro homem sabido,
Experiência não lhe falta,
Com tanto mar percorrido,
Muito dele em maré alta,
E deverá bem saber,
As panelinhas da malta,
Para bem ouvido ser,
Com a mestria que tem,
Sendo ele o homem do leme,
Partiram hoje de Belém.
II
Longa vai ser a viagem,
Com incerta duração,
Cada qual com sua imagem,
Cumprindo sua missão,
Na conturbada Nau,
Que estão a municiar,
Com saber e varapau,
Não será fácil navegar,
Sem o Comandante máximo,
O Supremo quis ficar.
III
Tudo bem resguardado,
Tempestades ameaçam.
O Oceano está agitado,
Tantos Piratas avançam,
Vindo sem ser esperado,
Suas armas arremessam,
Estão agora lado a lado,
Com seus fiéis conselheiros,
Querem deitar abaixo,
Setenta corajosos Marinheiros.
IV
Na sala de conversações,
Os arrufos são bastantes,
Difíceis as negociações,
Em parcerias constantes,
Querem ver as soluções,
Para suas causas importantes,
Utilizando bem os milhões,
Não os alijar ao mar,
Nem fazer cativações,
Para velha Nau bem governar.

Rio de Mouro 26-10-2019
Francisco Parreira

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Passeio a elvas
Para mais um belo passeio,
Com organização da ARPI,
Do cimo do monte da graça,
Ao longe Badajoz eu vi.
I
O motorista Luís Raminhos,
Com a camioneta apareceu,
Como é seu timbre,
Com sorrisos nos recebeu.
O Senhor Luís fez a chamada,
Quem estava inscrito acorreu,
Ao local à hora indicada,
Com larachas pelo meio,
Toda a gente sentada,
Para mais um belo passeio.
II
Deu-se início à viagem,
O transito o IC dezanove enchia,
É habitual, não é miragem,
Com seu saber e mestria,
Em eficiente rodagem,
Pelos melhores atalhos seguia,
Rápido e sem paragem,
Por aqui e por ali,
Pela ponte 25 de Abril fez passagem,
Com organização da ARPI. 
III
Avançando pelo ressequido Alentejo,
A Elvas fomos parar,
Tudo estava planeado,
Para bem se começar,
Todos estavam com agrado,
Museu Militar fomos visitar,
Imenso ali foi recordado,
Quantos feitos desta raça,
Tantos castigos infligidos,
No cimo do Monte da Graça.
IV
Do Museu para o Pompílio,
Onde fomos bem almoçar,
Depois ao monte fomos subindo,
Vento agreste e frio a soprar,
Os labirínticos corredores invadindo,
Tivemos que nos agasalhar,
Antes de para casa voltar,
Até onde pude subi,
Na deslumbrante paisagem,
Ao longe Badajoz  eu vi.

24-10-2019- Rio de Mouro
Francisco Parreira.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Horário camarário
I--Pelas nove e trinta chegaram,
Cova para esgoto iam abrir,
Três eficientes trabalhadores,
Contentes, alegres e a sorrir.
II--Aquele que condizia,
A camioneta encostou,
Para onde foi laurear não sei,
Às onde e trinta voltou.
III--Noutro carro chegou o quarto,
O lugar para a cova marcou,
Iniciado o trabalho,
No mesmo carro abalou.
IV--Com enxada, picareta e pá,
Os dois coordenados e certo,
Pelas onze e trinta,
Tinham o buraco aberto.
V--Presente o motorista,
Nada havia que enganar,
Arrumaram as ferramentas,
Foram então almoçar.
VI--Lá pelas catorze e trinta,
Voltaram a aparecer,
O buraco estava estreito,
Teve mesmo que crescer.
VII—tamanho ele ganhou,
A manilha colocada,
Depois de nivelada,
Foi a mesma cimentada. 
VIII--Eram dezasseis horas,
Para o horário cumprir,
Tudo bem arrumadinho,
Tinham mesmo que seguir.
IX--No dia seguinte, hoje,
Pelas nove e trinta voltaram,
Tudo bem vistoriado,
Todo o entulho limparam.
X--Refazer a calçada,
Requer trabalho e saber,
Quanto tempo esperaremos,
Até tal acontecer.
XI--Resta-me assim constatar,
Que neste serviço camarário,
Trabalhando três horas e meia,
Fica cumprido o horário.

Rio de Mouro, 22-10-2019.
Francisco Parreira.

sábado, 19 de outubro de 2019


Dia internacional da Preguiça
I
Ao terceiro sábado de Outubro,
É celebrada a preguiça,
Não tendo uma data fixa,
Lembrá-la tem sua justiça.
II
Um dia internacional,
Tem sempre a sua razão,
Para o que este alerta,
Tenhamos muita atenção.
III
Aprendamos a viver,
Mais lentamente e melhor,
Façamo-lo já hoje,
Amanhã será pior.
IV
Com alegria no rosto,
Lentidão no andar,
Permanente o protesto,
Não nos devemos calar.
V
Ó mente humana perversa,
Estás com pensamentos tais,
Não estou a falar de arte,
Falo sim de animais. 
VI
Estes de que vos falo,
As folhas sua alimentação,
Precisão de um mês,
Para digerir uma refeição.
VII
Com a intenção do lucro,
Por humanos aprisionados,
Para viverem em cativeiro,
São sempre bem remunerados.
VIII
O grave de tudo isto,
Estão em vias de extinção,
Para prazer doutros humanos
Como animais de estimação.

Rio de Mouro- 19-10-2019
Francisco Parreira.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Praceta das Amoreiras
Olá! Universidade Sen.de Rio de rio de Mouro
Tu és conhecida por USCARM ?
Vou apresentar-me, posso?
Sou a Praceta das Amoreiras,
Estava a ver que não vinhas,
Também agradecer quero,
Por teres pulado as linhas,
Para mim tua vinda trouxe,
Mais alento e movimento,
Que andam arredio,
Há bastante tempo,
Era sítio feio e frio,
Onde estás locada,
Construção sem brio.
De aspecto abandonada,
Paredes negras e nuas,
Com bom gosto foi pintada,
Deram-te cor e alegria,
Utilizando lindas cores,
Da junta de freguesia,
Meus passeios são mais pisados,
Durante todo o dia,
Não me custa, não me importa,
São os seniores,
Vão entrar naquela porta,
Fazem-no com candura,
Nos lábios trazem sorrisos,
Nos olhos brilha ternura, 
Sou uma praceta letrada,
De sabedoria cheia,
De orgulho empanturrada,
Para aprender na escola,
Está aquela criançada,
Do outro lado ao fundo,
Tu és a guardiã,
Em sabedoria do mundo,
Os idosos teus alunos,
 Ricos em saber profundo,
Ávidos por mais aprender,
Neste recanto encantado,
Rogo-te-fica aqui,
Não abales para outro lado.

Rio de Mouro 17-10-2019

Francisco Parreira

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Dia mundial
Neste triplo dia mundial,
Cuide da sua coluna,
Tenha nisso precaução,
Faça algum exercício,
Uma boa alimentação,
No dia mundial da mesma,
Mas não façais confusão,
Também hoje é celebrado,
O dia mundial do pão,
Com orgulho se comemora,
É já uma tradição,
Vinda de tempos doutrora,
Tenhamos isso em atenção,
Há mais de quatro mil anos,
Com pedras moíam raiz e grão,
Depois com água amassado,
Já com fermentação,
Em bolas era moldado,
Espalmado com a mão,
Sobre lajes e bom lume
Cozido ficava pão,
Para todos alimentar,
Naquele grande país,
 Egipto à beira mar,
Para o povo pão de raiz
O de menor qualidade,
O pão de grão era o bom,       
Para a alta sociedade,
Casais-Rio de Mouro 16-10-2019
Francisco Parreira

quinta-feira, 10 de outubro de 2019


Quinto aniversário da USCARM

A vida assim o proporcionou,
Com dias de atraso,
Aqui estou de peito aberto,
E recordar não tem prazo,
Foi no dia do idoso,
Que a USCARM comemorou,
Seu quinto aniversário,
Com linda festa nos brindou,
Muitos quiseram estar presentes,
Três autocarros encheu,
Cerca de centena e meia,
No segundo ia eu,
Saímos de Rio de Mouro,
Rumámos à Lourinhã,
Uma agradável viagem,
Naquela bela manhã,
Para passear ao ar livre,
Na terra dos dinossauros,
Algum tempo lá estive,
Por volta do meio-dia,
Nossos lugares retomámos,
Demos pequeno passeio,
À Areia Branca passámos,
A caminho do Teimoso,
Restaurante conhecido,
E naquela grande sala,
Bom almoço nos foi servido,


De seguida veio o baile,
Para ajudar à digestão,
Prendas foram distribuídas,
Reinava a boa disposição,
Seguiu-se um espectáculo,
Executado com alma e coração,
Pelos professores voluntários,
Uma linda actuação,
E para novos compromissos,
Com sorrisos e alegria.
Novos contractos assinaram,
Para tudo estar em dia,
Veio o lanche, veio o bolo,
Cantaram-te os parabéns,
Amor carinho e afectos,
São qualidade que tens
Rodopiando naquele espaço,
Depois de tanta folia,
Ninguém mostrava cansaço,
Mesmo já ao fim do dia,
Os ponteiros sem parar,
O sol já se escondia,
Era a hora indicada,
Para a rua das Escadinhas,
A viagem estava marcada.
Rio de Mouro 10-10-2019
Francisco Parreira

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

3ª.parte – ARPIRM na rota do vinho verde.
I
Pequeno-almoço tomado,
Arrumada a bagagem,
O tempo estava de feição,
Para seguirmos viagem,
II
Viana do Castelo o destino,
Caminha fica no caminho,
Onde vimos a aprazível,
Foz do rio Minho.
III
Ma rica cidade de Viana,
Museu do Traje fomos visitar,
Tivemos tempo livre,
Para os monumentos admirar.
IV
No “ Bamos ó Mendes “,
Foi degustação total,
A todos agradou,
Ninguém ouvi a dizer mal.
V
Em animada cavaqueira,
Subimos a Santa Luzia,
Com o tempo nublado,
De-quando em vez chovia.


VI - De regresso ao autocarro,
O relógio sem parar,
Estávamos longe de casa,
Tínhamos que nos aproximar.
VII -Toda aquela beleza,
Para trás ia ficando,
Quanto mais a sul descíamos,
Mais o céu ia azulando.
VIII - A viagem muito longa,
Paramos para abastecer,
Quando demos por nós,
Estava a anoitecer.
IX - Sem dar sinal o guia,
Um falava, outro dormia,
Só o motorista atento,
Com pe4rícia conduzia.
X - Com muito ou pouco transito,
A Sete Rios se chegou,
Fizemos ali um paragem,
O guia lá ficou.
XI – O guia se despediu,
Tudo ali despertou,
Muito rapidamente,
A casa tudo em bem chegou.
Rio de Mouro, 30-09-2019
 Francisco Parreira  
Segunda parte – ARPI rio de Mouro na rota do vinho verde
I
Pela pouca experiência creio,
Pequeno-almoço atribulado,
Compreensão, paciência e respeito,
Pequeno-almoço tomado.
II
De Monção a Melgaço,
Um pequeno saltinho,
Vimos monumentos e igrejas,
Tivemos provas no solar do Alvarinho.
III
Dali seguimos para Pias,
Onde fomos almoçar,
*) Cabrito à moda de Monção,
Foi comer até fartar.
IV
Ao Palácio da Brejoeira,
Fomos depois de almoçar,
Onde guia bem sabido,
Tudo esteve a explicar.
V
Regressámos a Monção,
Com tempo para visitar,
O museu do Alvarinho,
E terras de Espanha espreitar.



VII
O jantar não agradou,
Aqueles excursionistas,
Tinha pouca qualidade,
Dava muito nas vistas.
VII
Após aquele jantar,
Alguns foram à rua passear,
Cantando modas alentejanas,
Antes de se irem deitar.

(*) É um prato local,
Apreciado na região,
Com nome original,
“ Foda à moda de Monção”.
ARPI-RIO de MOURO
- Rota vinho verde dia 1º.
I
Com a ARPI fui passear,
Top Elite operador,
Fizemo-nos ao caminho,
Pedro era o condutor.
II
Na rotunda do relógio,
O Monteiro fomos apanhar,
É o técnico de turismo,
Que nos ia acompanhar. 
III
Somos um ser exigente,
Temos que o bem cuidar,
Parámos na A. Ser. de Santarém,
Para pequeno-almoço tomar.
IV
Corpo leve, limpo e alimentado,
Pela A 1 a rodar,
O norte era o nosso destino,
Em Antuã fomos parar.
V
Novamente a caminho,
Para Amarante chegar,
Onde completo almoço,
Estava por nós a esperar.
VI
Chegados cedo a Amarante,
Para as pernas esticar,
Demos pequeno passeio,
Antes de ir almoçar.
VII
Lá estavam já na mesa,
Entradas água, vinho e pão,
Veio carne sopa e café,
Servidos na perfeição
VIII
Depois de bem almoçados,
Museu Amadeu s. Cardozo visitar,
Circulámos até Monção,
Onde iriamos jantar e pernoitar.
IX
No hotel Vila Esteves,
A refeição se comeu,
O grupo estava cansado,
Logo se recolheu.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Sete ofícios
O homem dos sete ofícios,
Vou começar a descrever,
Não me levem a mal,
Guardou gado, raspou vinha,
Como trabalhador rural,
No montado foi coqueiro,
Na serralharia serralheiro,
Na padaria padeiro,
Na tropa amanuense,
Nos tribunais escriturário,
Na TAP foi um técnico,
Foi assim o seu fadário.
Rio de Mouro 13-09-2019
Francisco Parreira.

P A S S A G E M
I
Tantos anos já vividos,
Digo sempre minha idade,
À minha maneira geridos,
Deles tenho vaidade.
II
Por eles fui moldado,
No molde chamado vida,
Sempre em altos e baixos,
Assim é a minha lida.
III
Já a tentei mudar,
Isso não fui capaz,
Corrigiria meus defeitos,
Para ser bom rapaz.
IV
O destino foi traçado,
Não o consigo mudar,
Resta-me seguir em frente,
Este caminho trilhar.
V
Enquanto na terra andar,
É porque o mereço,
Passo a passo a subir,
Até quando desconheço.
VI
No escadote da vida,
O topo será alcançado,
No momento exacto,
Em que for chamado.
 Rio de Mouro 13-09-2019 –Francisco Parreira

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Cata ventos


São de grande utilidade,
Estes simples utensílios,
De vários materiais feitos,
Nas mais variadas formas,
Tendo que ser perfeitos,
Em verticalidade e rotação,
Com resquícios de aragem,
Do vento dão a direcção,
Sem nunca nos enganar,
Naquela brilhante ocupação,
De na eira o cereal limpar,
Separando da palha o grão,
Agora mais que nunca,
 devemos estar atentos,
Nesta época de eleições,
Aos bem-falantes cata ventos,
Não tenhamos ilusões,
Vamo-nos precaver,
Com as cores fazem batota,
Para alguns convencer,
Vão dando a cambalhota,
Da esquerda para a direita,
Da direita para a canhota,
Com falácia perfeita,
Tudo o que dizem importa,
Fazem promessas vãs,
Ambicionam o poleiro,
Façamos escolhas sãs,
Com o voto certeiro.

   
Rio de Mouro 11-09-2019
Francisco Parreira.

sábado, 24 de agosto de 2019


PASSEIO DOS TACHOS AO GEREZ
Agosto 15 e 16 2019
I
A Ideia Casa patrocina,
Estes publicitários passeios,
Dando a conhecer os produtos,
Vendendo a quem tiver meios.
II
A recolha do grupo,
Uma grande confusão,
Bastante demorado,
Pela sua dispersão.
III
Neste labirinto de caminhos,
Quintino motorista experiente,
Com atraso evidente,
Reuniu toda a gente.
IV
Para matar o bicho,
  Em Aveiras fizemos paragem,
Depois de reconfortados,
Retomámos a viagem.
V
Em Coimbra entrou o Rui,
Ele nos acompanhou, era o guia,
Desde aquele momento,
Até ao último dia.


VI
Até ao hotel das Taipas,
Viagem sem alvoroço,
Onde nos esperava,
Um delicioso almoço.
VII
Depois de bem alimentados,
Ao rio Cavado “caldo” rumámos,
Para o planeado cruzeiro,
No barco todos embarcámos.
VIII
No meio da bela paisagem,
Lá está a casa do Pepe,
Para orgulho de muitos,
Já foi do CR7.
IX
São Bento da Porta Aberta,
Também estava programado
Tivemos tempo livre,
Para o mesmo ser visitado.
X
Regressámos ao hotel,
Para o check-in fazer,
Um pouco de descanso,
Fomos o jantar comer.
XI
Sem espectáculo ao serão,
Restou-nos uma voltinha,
Ali pelas redondezas,
Antes de irmos para a caminha.
XII
Manhã seguinte veio a seca,
Com todos reunidos,
Fez Francisco publicidade intensa,
Artigos foram vendido,
XIII
Chegada a hora combinada,
Fomos todos almoçar,
Depois de bem nutridos,
Reunir e abalar.
XIV
Penafiel foi o destino,
Tempo livre para admirar,
O Santuário, jardins e paisagens,
Até à hora da partida chegar.
XV
Para o regresso a casa,
Dali iniciámos a viagem,
Como esta era comprida,
Para lanchar fizemos paragem.


XVI
É quase uma aventura,
Estes passeios arriscarmos,
Cansados, alegres e satisfeitos,
Nos mesmos locais ficámos.



Mem-Martins 23-08-2019
Francisco Parreira. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Passeio à albufeira do Alqueva
I
Agosto, 10, tempo aprazível,
Para irmos passear,
A Emília fez questão,
Da carteira rechear.
II
Em Santiago do Cacém,
Na Caixa Agrícola entraram,
A Emília e a Bia,
No multibanco o sacaram,
 III
Os cinco o caminho tomámos,
De mato e sobreiras ladeado,
Em amena cavaqueira,
Passámos Ermidas-Sado.
IV
Está diferente a planície,
Diferença real e verdadeira,
Por entre grandes meloais,
Chegámos a Ferreira.
V
Banco de nevoeiro nos esperava,
Denso de que maneira,
Rodeados de vinhas e oliveiras,
Atingimos a Vidigueira.


VI
Eram horas de parar,
Os estômagos aconchegar,
As bexigas aliviar,
E as pernas esticar.
VII
Havia feira,
Veio a calhar,
Para ver as novidades,
E alguns trapitos comprar.
VIII
Um encanto de jardim,
Uma queda de água a jorrar,
O local ideal,
Para fotografias tirar.
IX
Por ruas estreitas e labirínticas,
O GPS nos guiou,
Até aquela enorme recta,
Para onde nos levou,
X
Alqueva ficou à esquerda,
Depois de tantos vinhedos,
Olivais e amendoais,
 Veio terra rica em penedos.
XI
As bexigas estavam cheias,
O calor a apertar,
Foi no descampado,
Que as fomos esvaziar.
XII
À esquerda já víamos água,
À direita serra rica em xisto,
Tiramos algumas fotos,
Para fixarem o registo.
XIII
Apreciando a paisagem seguimos,
Ar condicionado à maneira,
Contentes e animados,
 Chagámos à albufeira “ do Alqueva “.
XIV
Passeio de barco ajustado,
Para perto do meio-dia,
Foi-nos sugerida a ida,
Ao Centro de Interpretação EDIA.
XV
Fomos com agrado,
Muito ficamos a saber,
Do que já está feito,
E do que falta fazer.


XVI
Regressamos ao ancoradouro,
O barqueiro e barco preparados,
Entraram avós, pais, filhos e netos,
Todos muito animados.
XVII
Homem do leme sabido,
Muito ele explicou,
Durante todo aquele tempo,
Em que ali se navegou.
VIII
A ver os cágados nos levou,
Numa enseada apertada,
Alguns vieram comer,
A bolacha atirada.
XIX
No lago em água aberta,
Às ordens do barqueiro,
As crianças ao volante,
Levaram rumo certeiro.
XX
O passeio terminado,
Tomamos o caminho certo,
Dirigimo-nos para Moura,
A terra dali mais perto.



XXI
Em Moura aparcámos,
Eram horas de almoçar,
Foi no restaurante “O Molho”,
Onde nos fomos alimentar.
XXII
Escolher foi fácil,
A ementa o preço indicava,
Não falando em doses,
A segunda pessoa dobrava.
XXIII
Aquilo que pedimos,
Foi de boa qualidade,
A contento bem servido,
Superando a quantidade,
XXIV
O calor apertava,
Àquela hora do dia,
Trocou-se de motorista,
Passear não nos apetecia.
XXV
De Moura saímos então,
Por caminho incerto,
Sem paragens programadas,
Nem lá longe, nem ali perto.


XXVI
Um nome apelativo,
Espevitou-nos a memória,
Faro do Alentejo,
Também tem sua estória.
 XXVII
Lá fizemos uma paragem,
Terra de branco caiada,
Ia ter a sua festa,
Estava toda engalanada.
XXIII
Andamos mirando as ruas,
Enfeitadas com carinho,
Depois de nos refrescarmos,
Retomamos o caminho.
XXIX
No regresso a Santiago,
Sem qualquer outra paragem,
Ao abrirmos a janela,
Sentíamos fresca aragem.
XXX
O dia esteve quente,
Obrigou-nos a suar,
Regressamos a nossas casas,
Para um bom duche tomar.
21-08-19 – Francisco Parreira.