Passeio à albufeira do Alqueva
I
Agosto, 10, tempo
aprazível,
Para irmos passear,
A Emília fez questão,
Da carteira rechear.
II
Em Santiago do Cacém,
Na Caixa Agrícola
entraram,
A Emília e a Bia,
No multibanco o
sacaram,
III
Os cinco o caminho
tomámos,
De mato e sobreiras
ladeado,
Em amena cavaqueira,
Passámos
Ermidas-Sado.
IV
Está diferente a
planície,
Diferença real e
verdadeira,
Por entre grandes
meloais,
Chegámos a Ferreira.
V
Banco de nevoeiro nos
esperava,
Denso de que maneira,
Rodeados de vinhas e
oliveiras,
Atingimos a
Vidigueira.
VI
Eram horas de parar,
Os estômagos
aconchegar,
As bexigas aliviar,
E as pernas esticar.
VII
Havia feira,
Veio a calhar,
Para ver as
novidades,
E alguns trapitos
comprar.
VIII
Um encanto de jardim,
Uma queda de água a
jorrar,
O local ideal,
Para fotografias
tirar.
IX
Por ruas estreitas e
labirínticas,
O GPS nos guiou,
Até aquela enorme
recta,
Para onde nos levou,
X
Alqueva ficou à
esquerda,
Depois de tantos
vinhedos,
Olivais e amendoais,
Veio terra rica em penedos.
XI
As bexigas estavam
cheias,
O calor a apertar,
Foi no descampado,
Que as fomos
esvaziar.
XII
À esquerda já víamos
água,
À direita serra rica
em xisto,
Tiramos algumas
fotos,
Para fixarem o
registo.
XIII
Apreciando a paisagem
seguimos,
Ar condicionado à maneira,
Contentes e animados,
Chagámos à albufeira “ do Alqueva “.
XIV
Passeio de barco
ajustado,
Para perto do
meio-dia,
Foi-nos sugerida a
ida,
Ao Centro de
Interpretação EDIA.
XV
Fomos com agrado,
Muito ficamos a
saber,
Do que já está feito,
E do que falta fazer.
XVI
Regressamos ao
ancoradouro,
O barqueiro e barco
preparados,
Entraram avós, pais,
filhos e netos,
Todos muito animados.
XVII
Homem do leme sabido,
Muito ele explicou,
Durante todo aquele
tempo,
Em que ali se
navegou.
VIII
A ver os cágados nos
levou,
Numa enseada
apertada,
Alguns vieram comer,
A bolacha atirada.
XIX
No lago em água
aberta,
Às ordens do
barqueiro,
As crianças ao
volante,
Levaram rumo
certeiro.
XX
O passeio terminado,
Tomamos o caminho
certo,
Dirigimo-nos para
Moura,
A terra dali mais
perto.
XXI
Em Moura aparcámos,
Eram horas de
almoçar,
Foi no restaurante “O
Molho”,
Onde nos fomos
alimentar.
XXII
Escolher foi fácil,
A ementa o preço
indicava,
Não falando em doses,
A segunda pessoa
dobrava.
XXIII
Aquilo que pedimos,
Foi de boa qualidade,
A contento bem
servido,
Superando a
quantidade,
XXIV
O calor apertava,
Àquela hora do dia,
Trocou-se de
motorista,
Passear não nos
apetecia.
XXV
De Moura saímos
então,
Por caminho incerto,
Sem paragens
programadas,
Nem lá longe, nem ali
perto.
XXVI
Um nome apelativo,
Espevitou-nos a
memória,
Faro do Alentejo,
Também tem sua
estória.
XXVII
Lá fizemos uma
paragem,
Terra de branco
caiada,
Ia ter a sua festa,
Estava toda
engalanada.
XXIII
Andamos mirando as
ruas,
Enfeitadas com carinho,
Depois de nos
refrescarmos,
Retomamos o caminho.
XXIX
No regresso a
Santiago,
Sem qualquer outra
paragem,
Ao abrirmos a janela,
Sentíamos fresca
aragem.
XXX
O dia esteve quente,
Obrigou-nos a suar,
Regressamos a nossas
casas,
Para um bom duche tomar.
21-08-19
– Francisco Parreira.