quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Passeio à albufeira do Alqueva
I
Agosto, 10, tempo aprazível,
Para irmos passear,
A Emília fez questão,
Da carteira rechear.
II
Em Santiago do Cacém,
Na Caixa Agrícola entraram,
A Emília e a Bia,
No multibanco o sacaram,
 III
Os cinco o caminho tomámos,
De mato e sobreiras ladeado,
Em amena cavaqueira,
Passámos Ermidas-Sado.
IV
Está diferente a planície,
Diferença real e verdadeira,
Por entre grandes meloais,
Chegámos a Ferreira.
V
Banco de nevoeiro nos esperava,
Denso de que maneira,
Rodeados de vinhas e oliveiras,
Atingimos a Vidigueira.


VI
Eram horas de parar,
Os estômagos aconchegar,
As bexigas aliviar,
E as pernas esticar.
VII
Havia feira,
Veio a calhar,
Para ver as novidades,
E alguns trapitos comprar.
VIII
Um encanto de jardim,
Uma queda de água a jorrar,
O local ideal,
Para fotografias tirar.
IX
Por ruas estreitas e labirínticas,
O GPS nos guiou,
Até aquela enorme recta,
Para onde nos levou,
X
Alqueva ficou à esquerda,
Depois de tantos vinhedos,
Olivais e amendoais,
 Veio terra rica em penedos.
XI
As bexigas estavam cheias,
O calor a apertar,
Foi no descampado,
Que as fomos esvaziar.
XII
À esquerda já víamos água,
À direita serra rica em xisto,
Tiramos algumas fotos,
Para fixarem o registo.
XIII
Apreciando a paisagem seguimos,
Ar condicionado à maneira,
Contentes e animados,
 Chagámos à albufeira “ do Alqueva “.
XIV
Passeio de barco ajustado,
Para perto do meio-dia,
Foi-nos sugerida a ida,
Ao Centro de Interpretação EDIA.
XV
Fomos com agrado,
Muito ficamos a saber,
Do que já está feito,
E do que falta fazer.


XVI
Regressamos ao ancoradouro,
O barqueiro e barco preparados,
Entraram avós, pais, filhos e netos,
Todos muito animados.
XVII
Homem do leme sabido,
Muito ele explicou,
Durante todo aquele tempo,
Em que ali se navegou.
VIII
A ver os cágados nos levou,
Numa enseada apertada,
Alguns vieram comer,
A bolacha atirada.
XIX
No lago em água aberta,
Às ordens do barqueiro,
As crianças ao volante,
Levaram rumo certeiro.
XX
O passeio terminado,
Tomamos o caminho certo,
Dirigimo-nos para Moura,
A terra dali mais perto.



XXI
Em Moura aparcámos,
Eram horas de almoçar,
Foi no restaurante “O Molho”,
Onde nos fomos alimentar.
XXII
Escolher foi fácil,
A ementa o preço indicava,
Não falando em doses,
A segunda pessoa dobrava.
XXIII
Aquilo que pedimos,
Foi de boa qualidade,
A contento bem servido,
Superando a quantidade,
XXIV
O calor apertava,
Àquela hora do dia,
Trocou-se de motorista,
Passear não nos apetecia.
XXV
De Moura saímos então,
Por caminho incerto,
Sem paragens programadas,
Nem lá longe, nem ali perto.


XXVI
Um nome apelativo,
Espevitou-nos a memória,
Faro do Alentejo,
Também tem sua estória.
 XXVII
Lá fizemos uma paragem,
Terra de branco caiada,
Ia ter a sua festa,
Estava toda engalanada.
XXIII
Andamos mirando as ruas,
Enfeitadas com carinho,
Depois de nos refrescarmos,
Retomamos o caminho.
XXIX
No regresso a Santiago,
Sem qualquer outra paragem,
Ao abrirmos a janela,
Sentíamos fresca aragem.
XXX
O dia esteve quente,
Obrigou-nos a suar,
Regressamos a nossas casas,
Para um bom duche tomar.
21-08-19 – Francisco Parreira.

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