_D e s n o r t e_
No consumismo festivo,
O povo anda embebido,
O solstício de inverno chegou,
Ou será que ficou esquecido?
Há o inverno não alegra,
As mentes festivaleiras,
Corram aos locais de venda,
Vaziem as prateleiras.
Todo o vosso entusiasmo,
O comércio agradece,
Para não haver desculpa,
Descontos altos diz que oferece.
Com a ilusão dos descontos,
Levam tudo sem pensar,
É só encher os carrinhos,
No mês que vem pagar.
Janeiro Mês severo,
Não chegou o subsídio e ordenado,
Sem haver alternativa,
Tudo está depenado.
Almejam-se ricas férias
Melhores dias hão-de vir,
Para fazerem figura,
Empréstimos vão contrair.
A bola de neve não para,
Está sempre a aumentar,
As dívidas descontroladas,
Já não as conseguem pagar.
Lá vão pedindo ajuda,
Sem resultado obter,
O capital não perdoa,
Tudo pago tem que ser.
A razão não lhes assiste,
O desnorte é total,
Tudo isto começou,
No consumismo do Natal.
Rio de Mouro, 23-12-19
Francisco Parreira.
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