sábado, 5 de janeiro de 2019

A pica que a pica dá
Quando fui tirar sangue,
Disseram-me que era um pica,
Algo me despertou a pica,
Para escrever sobre a pica.
Pica são tantas coisas,
De todas não falarei,
Porque aquelas obscenas,
Essas eu ignorarei.
Pica apetite patológico,
Diversificar a alimentação,
Comendo não comestíveis,
Como barro ou carvão.
Pica um pássaro familiar,
Muito comum em Portugal,
Riscados, brancos ou pretos,
De uma esperteza sem igual.
Pica sua origem o latim,
No meio eclesiástico,
Uma listagem de regulamentos,
Assim ordenados é mais prático.
Pica unidade de medida,
Para o tipográfico material,
Com suas equivalências,
Numa escala normal.


Pica uma injecção,
Deve ser dada com carinho,
Em qualquer paciente,
Dói sempre um pouquinho.
Pica náutica uma peça,
Para uma embarcação,
Na proa ou na popa,
Faz parte da sua construção.
Pica uma ferramenta,
Com aquele pica,
Andam na pica do milho,
E nada fica sem pica.
Pica arma ofensiva,
Usada na caça e defesa,
Para caçar com ela,
É preciso ligeireza.
Pica pode ser aquele “charro”
Fumado em parceria,
Que nos deixa com uma pica,
Que nos dá grande alegria.
Pica camisola de lã,
Pica de água salgada peixe-rei,
Pica de água doce robalinho,
Picas quantos mais há não sei.
05-01- 2019 _ Francisco Parreira.

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