terça-feira, 20 de dezembro de 2022

 NADA MAIS CERTO!

```PERTO DE MORRER, ALEXANDRE, O GRANDE, FEZ 3 PEDIDOS AOS SEUS MINISTROS:
1) Que seu caixão fosse carregado pelos melhores médicos da época.
2) Que os tesouros que tinha, fossem espalhados pelo caminho até seu tumulo.
3) Que suas mãos ficassem fora do caixão e a vista de todos.
Os ministros surpresos perguntaram quais são os motivos?
Ele respondeu:
1) Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm poder nenhum sobre a morte.
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.
3) Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias, e de mãos vazias voltamos.
“TEMPO” é o tesouro mais precioso que temos, nós podemos produzir mais dinheiro, mas não mais tempo…!
O melhor presente que você pode dar a alguém é o seu tempo!
Dedique mais do seu tempo para Deus, família e amigos.
Feliz dia das pessoas que amamos!
Mande para todos que são especiais para você

 SEMPRE NATAL

Há-de ser sempre Natal
Se, ao nascer uma criança,
As sombras de mil receios
Derem lugar à esperança.
Há-de ser sempre Natal
Se o direito de nascer
Nos trouxer a liberdade
E a igualdade de viver.
Há-de ser sempre Natal
Se não houver solidão
E cada palavra e gesto
For verso duma canção.
Há-de ser sempre Natal
Se todos tiverem que comer,
Nos darmos uns aos outros
Numa alegria de viver.
Há-de ser sempre Natal
Se for derrubado o muro
Que impede os homens de ver
A alvorada do futuro.
Há-de ser sempre Natal
Se houver confraternização universal
E em cada coração do mundo
Cada dia for um Natal.
Há-de ser sempre Natal
Se houver, no íntimo, união,
Amor em todos os lábios,
Paz em cada coração.
Luciano Reis

sábado, 17 de dezembro de 2022

Flor de Natal

 Nesta quadra natalícia,

ofereço aos meus amigos,

esta planta ancestral,

que a gula do consumismo

desmesurado sem igual,

difundiu como cristã,

chamando-lhe flor de Natal.


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Direitos dos animais

Todos  sem exceção, tem

direito à sua existência,

temos que os respeitar,

ter com eles paciência,

nunca os mal tratar,

nem exercer violência,

nós animais racionais,

usemos nossa inteligência,

lidemos certo com os irracionais,

merecem nossa atenção,

porque são especiais,

carecem da nossa proteção,

sabemos de atos ilegais, 

diariamente praticados,

sobre os indefesos animais,

na rua, nos canis, nas clinicas,

nos consutórios e hospitais,

veterinários de mãos ageis,

desrespeitam os direitos principais,

executam a castração,

para folgazar dos donos,

cirurgia sem reposição,

infringem o artigo três

na cruel operação,

de extrema malvadez.

16-11-2022

Francisco  Parreira. 


domingo, 6 de novembro de 2022

 Expressões com “ inhos “

Num aprazível rio,

Uns frescos mergulhinhos,

Aos sem-abrigo sem conta,

Prometem-se uns tetozinhos,

Aparece senhora grávida,

Merece na barriga uns beijinhos,

Nos mercados e nas feiras,

Degustam-se os petisquinhos,

De seguida se agradecem,

Com expressivos sorrisinhos,

Nas inaugurações e convívios,

Dão-se apertados abracinhos,

Os infantários e creches,

São os lugares dos carinhos,

Nos tempos que já lá vão,

Publicitavam-se livrinhos,

Como os tempos mudaram,

Os moços de recadinhos,

Fazem sérios avisos,

Almejando outros caminhos.

Rio de Mouro, 06-11-2022

Francisco Parreira.

sábado, 1 de outubro de 2022

 8 º.ANIVERSARIO DA USCARM

 No 1 de Outubro do ano de 2014 passámos a ser oficialmente a... Universidade Sénior Criar Afectos de Rio de Mouro.

Pela mão do nosso presidente Filipe Santos demos em 2009 início ao projecto que olhou pela primeira vez para os seniores da freguesia como pessoas que ainda podiam fazer muito e dar muito.
Cinco anos depois o nosso presidente Bruno Parreira olhou para o projecto e quis dar-lhe mais "consistência" fez dele uma universidade sénior.
Pela segunda vez alguém olhava para a resposta aos seniores como algo que deve construir, envolver e dar vida.
Em mim depositaram a confiança de fazer deste projecto um sentido de vida para todos que dele fazem parte.
Juntos... Nós e as pessoas construímos alicerces de amor...
Paredes de respeito...
Janelas de vida...
Tecto de abrigo.
Tod@s juntos caminhamos lado a lado dando o melhor de nós... Colocando ao serviço do outro a capacidade de ser...
Olhando com olhos de ver...
Amando incondicionalmente o nosso criar afectos...
A nossa USCARM.
Cada um teve e tem o seu papel... Esta história precisa de todos que a escreveram porque se faltar algum já não é a nossa.
Obrigada a todos por tudo e tanto.
Obrigada ao presidente Filipe por ter dado inicio a este projecto.
Obrigada ao presidente Bruno por ter escolhido olhar para nós e ver amor e assim continuar a permitir-nos sonhar e a elevar cada dia mais os nossos sonhos.
Obrigada a todos os professores sem excepção. Aos que continuam a caminhar connosco e aos que já não estão. Convosco é possível dar uma resposta mais ampla, mais experiente e com mais amor.
Obrigada a tod@s @s alun@s que ao longo de todos estes anos nos escolheram para ser abrigo, sonho e companhia. A vossa vontade de seguir connosco é o motor diário para fazermos mais e melhor.
Obrigada a todas as pessoas que ao longo deste caminho participaram connosco em projectos e aos nossos convidados que vieram acrescentar história e vida aos nossos dias.
E não posso deixar de agradecer ao nosso Luís por estar sempre e por ser sem sombra de dúvida parte desta história.
Obrigada a todos... Esta história é nossa... É vossa é de todos que um dia passaram por nós e se deixaram tocar por este mundo de afectos.
O futuro vai seguir e ao nosso presidente Filipe e ao nosso presidente Bruno juntou-se a esta história a nossa presidente Raquel a quem também agradecemos por nos permitir continuar a sonhar e nos deixar ser e estar com AMOR

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

 

Passeio à Galiza- dia um

Com pontualidade portuguesa,

Após a hora marcada,

Alegres e sorridentes,

A bagagem arrumada,

Todos com boa imagem,

Iniciou-se a jornada,

Para a longa viagem,

Sem qualquer alvoroço,

Rumámos à região de Braga,

Onde degustámos o almoço.

Depois de bem almoçados,

Bem regado o bacalhau,

De novo a rodar na via,

O tempo não estava mau,

Queríamos chegar de dia,

O motorista acelerava,

Com a calma e saber da guia,

O lombo de porco esperava,

No hotel casa Marine,

O jantar se degustava.     

 

 

 

 Passeio à Galiza- dia um

Com pontualidade portuguesa,

Após a hora marcada,

Alegres e sorridentes,

A bagagem arrumada,

Todos com boa imagem,

Iniciou-se a jornada,

Para a longa viagem,

Sem qualquer alvoroço,

Rumámos à região de Braga,

Onde degustámos o almoço.

Depois de bem almoçados,

Bem regado o bacalhau,

De novo a rodar na via,

O tempo não estava mau,

Queríamos chegar de dia,

O motorista acelerava,

Com a calma e saber da guia,

O lombo de porco esperava,

No hotel casa Marine,

O jantar se degustava.      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Passeio à Galiza - Dia Dois

 

Pequeno-almoço tomado,

Pela manhã bem cedinho,

Grove destino final,

O autocarro a caminho,

Percorrendo a marginal,

A Tocha demos um saltinho,

À Capela das conchas igreja principal,

Como se fosse um luzeiro,

Que nos indicava Porto de Grove,

Para embarcarmos no cruzeiro.

Depois da descida a bordo,

Controlada pelo olheiro,

Iniciámos o passeio pela Ria de Arousa,

Naquele mar que é um viveiro,

Até à ilha de Salvóra,

Que percorremos pelo carreiro,

Acompanhados de guia local,

Até regressarmos ao barco,

Com calma sem alvoroço,

Cada um no seu lugar,

Foi-nos servido o almoço.

Mexilhões ao vapor,

Ostras também comemos,

 

 

Seguiu-se uma mariscada,

Com vinho branco fresquinho,

A mesma foi bem regada,

Bebido sem abusar,

Terminada a refeição,

Em Grove fomos atracar,

Saindo com precaução,

Eram horas de regressar.

Cansados mas satisfeitos,

O sol no horizonte desaparecia,

Aproximava-se a noite,

Terminava mais um dia,

De norte para sul se descia,

Paragens feitas com agrado,

Depois de maravilhosa viagem,

Rio de Mouro tudo em bem terminado.

 

Rio de Mouro 29-09-2022

Francisco Parreira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Passeio à Galiza - Dia Dois

 

Pequeno-almoço tomado,

Pela manhã bem cedinho,

Grove destino final,

O autocarro a caminho,

Percorrendo a marginal,

A Tocha demos um saltinho,

À Capela das conchas igreja principal,

Como se fosse um luzeiro,

Que nos indicava Porto de Grove,

Para embarcarmos no cruzeiro.

Depois da descida a bordo,

Controlada pelo olheiro,

Iniciámos o passeio pela Ria de Arousa,

Naquele mar que é um viveiro,

Até à ilha de Salvóra,

Que percorremos pelo carreiro,

Acompanhados de guia local,

Até regressarmos ao barco,

Com calma sem alvoroço,

Cada um no seu lugar,

Foi-nos servido o almoço.

Mexilhões ao vapor,

Ostras também comemos,

 

 

Seguiu-se uma mariscada,

Com vinho branco fresquinho,

A mesma foi bem regada,

Bebido sem abusar,

Terminada a refeição,

Em Grove fomos atracar,

Saindo com precaução,

Eram horas de regressar.

Cansados mas satisfeitos,

O sol no horizonte desaparecia,

Aproximava-se a noite,

Terminava mais um dia,

De norte para sul se descia,

Paragens feitas com agrado,

Depois de maravilhosa viagem,

Rio de Mouro tudo em bem terminado.

 

Rio de Mouro 29-09-2022

Francisco Parreira.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

 Eu enquanto fumador

Comecei de tenra, o meu avô materno era fumador, ele era o meu ídolo, adorava estar com ele e quando fumava parecia que eu fumava também.

Era eu que quando era preciso ia à venda (taberna) comprar o tabaco, marca superior, onça avermelhada e quando eu conseguia os tostões necessários, comprava um maço com doze cigarros listado de branco e vermelho, marca provisórios, que escondia no buraco do forno do pão, entre a metade do tijolo solta e o trapo que tinha lá sido colocado, embebido em água e cinza, para não deixar sair o calor, enquanto cozia o pão, que ficava seco e duro, formando uma espécie de rolha de pano.

O pior era o cheiro após fumar, arranjava uma esfarrapada desculpa, mas fui expressamente proibido de o fazer “ o fruto proibido era o mais apetecido”.

Quando aos onze anos comecei a ter o meu ordenado, a mãe do ordenado que eu lhe entregava, dava-me algum para pôr no mealheiro, só que nem todo ia para o mealheiro.

Aos catorze anos comecei a trabalhar na vila, como aprendiz de serralheiro civil, passei a dar à mãe uma parcela e ficar com o restante para os meus gastos, de manhã fumava um ou dois cigarros e quando chegava a casa tudo estava normal, também mudei de marca, passei a comprar Paris maço branco com efeitos vermelhos e letras pretas, contendo 20 cigarros, com o preço de 3$10 escudos.

Mais tarde por a profissão de serralheiro ser muito pesada, suja e não termos condições para tomar banho após um dia de trabalho, apesar de gostar de fazer o que fazia, arranjei outro trabalho.

Mudei para a indústria de panificação, onde já tínhamos as condições aceitáveis, fui aprender a padeiro, a trabalhar de noite, pouco tempo depois estava a fumar um maço por noite/dia.

Quando nos anos sessenta do século passado o tabaco foi onerado com o imposto de guerra $50 centavos, passando cada maço a custar 3$60, três escudos e sessenta centavos.

 Quando à noite antes de ir para o trabalho, passei pelo café para falar um pouco com a rapaziada e comprar o tabaco para a noite, apareceu a conversa do aumento do tabaco, eu como resposta disse: enquanto houver tabaco a este preço compro, quando aumentar deixo de fumar. O dono do café perspicaz e amigo, alguns dias depois, quando eu lá entrei e pedi o tabaco, volta-se para mim e diz-me: não tenho tabaco para ti, então eu perguntei porquê? Uma noite destas, mais ou menos onde está hoje, disseste que quando não houvesse tabaco a 3$10 deixavas de fumar, como eu já não tenho tabaco a esse preço, não tenho tabaco para ti, então dê-me uns rebuçados e uma garrafinha com bagaço do bom, foi o que ele fez, paguei e como estava na hora, fui-me embora, no quarto mudei de roupa, guarde a bicicleta.

Quando cheguei ao trabalho que era ao dobrar da esquina e como era habitual o José …., estava a fumar, ele fumava definitivos, cumprimentei-o e perguntei-lhe na brincadeira ainda fumas? E tu já não fumas desde quando? Desde à bocado, quando se me acabou o tabaco ao preço antigo, ele atirou o cigarro e o maço que tinha na mão para dentro do forno que estava a arder, estendeu-me a mão e disse o primeiro que voltar a fumar paga uma grade de cervejas, assim selamos o acordo, sem tabaco como vais passar a noite? Para mim trouxe rebuçados e aguardente,ele saiu a correr e ainda no café próximo arranjou a dose.

Foi terrível essa madrugada a as seguintes, sobretudo a partir das 4h30/5h00, mas valeu a pena, tudo acabou em bem, ainda hoje nenhum de nós pagou a grade de cervejas. Pouco tempo depois eu vim para Lisboa e não mais o vi, ele era mais velho e emigrou para frança, soube mais tarde que faleceu.

Reconheço que eu teria pago a grade de cervejas, pois quando estava a trabalhar no Montijo, apareceu no Tribunal um individuo a vender cachimbos, todos ou quase todos compramos um cacimbo, recomecei a fumar mas cachimbo, não deu para viciar, comprava onças de tabaco gama, bom mas caro, poucos dias depois só já eu tinha tabaco, todos queriam fumar à borla, passei a andar com duas onças uma com gama para mim e outra onde pusera tabaco de onça corrente, mesmo assim não deixavam de me pedir tabaco. Peguei no cachimbo, atirei-o para cima de um guarda-roupa alto que tinha no quarto e acabou-se novamente o tabaco, só de lá o tirei quando vazei o quarto e regressei a Lisboa.

Rio de Mouro 29-08-2022

Francisco Parreira.

domingo, 21 de agosto de 2022

 

Ser feliz

Para ser feliz é preciso muito mais do que ser gerado, nascido e criado neste Torrão Lusitano, pelo Oceano Atlântico banhado, que se chama Portugal, um maravilhoso país com paisagens inigualáveis, encantadas serras e vales, um mar azul deslumbrante.

Fazer parte de uma pequena mas maravilhosa família, rica em harmonia, afectos e amor.

Ter uma casa onde viver e ter com que a manter dia a dia.

Ter saúde quanto basta.

Ter liberdade de deslocação, de escolha, etc. sem grandes entraves.

Ter um país em paz.

Ter amigos, amigos e mais amigos.

Ter os exemplares atletas, que se esforçam pelos títulos para dignificar o país.

Ter incansáveis médicos, enfermeiros e auxiliares, que tudo fizeram e continuam a fazer, para nos tratar a saúde.

Ter corajosos bombeiros que se esforçam até ao seu limite, para apagar fogos, salvando tudo o que tem podido ser salvo.

Ter tantos e tantos mais esforçados, por todo o país, para com suas valias e seu esforço, dignificarem o país,

Temos também Infelizmente  o reverso da medalha, neste lindo país e em todo o mundo.

Temos milhões de crianças e adultos com fome e sede, calor e frio, sem roupa sem um carinho, sem absolutamente nada.

Temos quem viva na fachada adoptando animais de estimação, esquecendo os milhares de crianças que esperam adopção, necessitados de um carinho, uma família responsável que os aceite. Á é mais fácil adoptar animais, é menos responsabilidade, podem ficar fechados em casa, ou se a coisa não correr a gosto, serem mesmo abandonados num qualquer campo, numa estrada, em qualquer lado.

Também são aos milhares os pedófilos, os pirómanos, os malfeitores amantes da destruição.

Sim mas há muito mais, temos os corruptos, os especuladores, os agiotas, que livremente actuam à rédea solta, enganando e sugando o que podem para regalo de suas famílias e amigos.

Acima de todos temos os bons e dignos capitalistas, e, os maus capitalistas, aqueles que só vêem o lucro e pouco ou nada distribuem, a quem os serve com lealdade, ou quem está na mó de baixo, para ser esmagado. Só o que sobra da abastança, que é deitado no lixo tirava da miséria milhões de seres humanos.

Mas também não podemos esquecer quem nos governa, em muitos países por nós eleitos, após estarem no poleiro fazem dos eleitores, “ gato-sapato” e arranjam triliões e mais milhões de euros, libras, dólares e tantas outras moedas, para emprestarem com juros incalculáveis, para armamento, munições e tudo o que for necessário para manter guerras, fazer mortes e provocar a destruição, porque a seguir negoceiam e combinam a reconstrução daquilo que eles próprios contribuíram para a destruição.

Por estas e tantas outras causas, com a minha maneira de ver o mundo, não posso e não sou, como gostaria totalmente feliz.   

 

Rio de Mouro, 21-08-2022 

Francisco Parreira.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

 Fatos Pretos

Estes fatos pretos,

 ”Um estado dentro do estado”,

No regime politico oligárquico,

De que estou bem lembrado,

Estavam em todo o lado,

Nas tabernas, bares e cafés,

Nos locais de trabalho,

Usavam chapéus nunca bonés,

Nós de olhos bem abertos,

Antenas sempre atentas,

Perscrutando em redor,

Não andasse por perto,

Algum fato negro estupor,

Que nos fizesse a caça,

Para ganhar alguns cobres,

Aquela maldita raça,

Acusava ricos e pobres,

Sem motivos nem pronuncia,

Inventava um protesto,

Feitas assim as denuncias,

Sem qualquer justificação,

Lá os levavam presos,

 

 

Redigiam a acusação,

Era mais um comunista,

Membros da oposição,

Estavam mesmo entalados,

Levados para a Maria Cardoso,

Chegavam lá já rotulados

Para interrogatórios,

Lá eram torturados

Por sádicos até mais não,

Praticavam a tortura e o degredo,

Sempre sob coacção,

Sem dormir e sem descanso,

Certo, certo era a prisão

 

Rio de Mouro, 16-08-2022

Francisco Parreira,

 










Rua esquecida

1 - Costo de morar onde moro,

Sobre os telhados miro a serra,

Vejo o Palácio da Pena,

Agradável é esta terra.

2 – Esta rua João XXIII,

Forma um (L) deitado perfeito,

 Base do (L) foi renomada,

Na coluna nada feito.

3 – Viver aqui nos Casais,

Neste troço de rua esquecida,

A erva sem ser cortada,

Está bué de crescida.

4 – Floriu esteve bonita,

Para a vista alegrar,

Agora amarela e seca,

Era bom a retirar.

5 – Passeios por reparar,

Está o piso degradado,

Tudo ficou por fazer,

Nada aqui foi melhorado.

6 – Em redor todas as ruas,

Tiveram suas melhorias,

 

Mas esta meia rua,

Espera por melhores dias.

7 – Quando chegam não se sabe,

Há que esperar e sofrer,

Até que algum edil,

Veja que é preciso fazer.

8 – Aqui neste arrabalde,

Esta fronteiriça rua,

Parece estar mal vista,

Ninguém diz: que a rua é sua.

9- Nada aqui foi melhorado,

Somos fregueses esquecidos,

Neste extremo da freguesia,

Estamos desiludidos.

10 - Feitos melhoramentos,

Em todas as ruas dos Casais,

Mas neste troço esquecido,

Nada foi feito jamais.

11- Do que escrevo faço prova,

Junto fotos actuais,

Não deixo pontas soltas,

 Descrevo factos reais.

Casais 16-08-2022-FranciscoParr.







sexta-feira, 5 de agosto de 2022

 Eu penso, penso, penso:

NA SEBENTA
Entrou agosto,
trabalhos há para fazer,
editados na sebenta,,
que recebi com prazer.
A nossa colenda USCARME,
não noas permite mandriice,
ofereceu-nos brochura,
não nos quer na gandaiice.
Repleta de desenhos,
para pinturas manuais,
palavras cruzadas para fazer,
tantas, tantas outras coisas mais.
Poemas para ler
desenhos para mãos abilidosas,
pintarem nelas girassois,
lindos ramos de rosas.
São de grande abrangência,
os temas nela indicados,
eu farei o que souber,
para ter trabalhos acabados.
Rio de Mouro 06-08-2022.
Francisco Parreira.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

 IGUALDADE DEMOCRÁTICA

Nós trabalhadores recebemos menos,

quando somos reformados,

receberiamos muito mais,

se fossemos jubilados.

É a igualdade democratica,

que apregoam transparente,

saltitando de boca em boca,

para nos tramar sempre.

Se alguma igualdade há,

é no acto de pagar,

também não é livre a escolha,

do sítio onde vamos comprar.

Cada agremiação tem o seu preço,

exclusivo sempre,

onde só socios vão comprar,

com seu cartão permanente.

Tem fardas, cartões e bombas,

com tudo ali à feição,

na qualidade e nos preços,

os preços fazem a diferenciação.

Eu penso estar certo,

assim se depreenda,

nós não temos à altura,

na Assembleia quem nos defenda.

Para uma simples reforma,

quantos anos são precisos?

para deputados e trabalhadores,

pemsem façam seus juizos.

Nas férias como é?

trabalhador sujeito a ser chamado,

alguns dias passados,

com sorte está o periodo acabado.

Para os deputados

o periodo é prolongado,

não serão chamados,

o prestegiado serviço,

emcontra-se sim encerrado.

Nos tribunais fui do clube,

de férias até mais não,

eram cinquenta (50) dias seguidos,

julho e agosto era verão.

Com os serviços semi-fechados,

cumpriamos nossa missão,

organizavamos nossos turnos,

trabalhavamos com dedicação.

Cumprindo a antiga constituição,

os serviços (tribunais) estavam fechados,

para o trabalho normal,

só os casos sumários eram despachados.

Rio de Mouro 17-07-2022 - Francisco Parreira.   

 O capataz e a sobrinha

Eu sou o capataz,

Tu és a minha sobrinha,

Aquele que nos fizer frente,

Vai ter negra a vidinha.

I – Por onde tenho passado,

A categoria é um posto,

Não pela importância,

Mas pelo poder imposto,

Sempre com arrogância,

Do nascer ao sol-posto,

Para agradar ao patrão,

Trago na barriga o rei assaz,

Exerço o poder então,

Eu sou o capataz.

II – Tudo anda a toque de caixa,

Com aquele mandão,

Familiar cara bonita,

Para fazer a excepção,

Nela tudo é catita,

Esteja certo ou não,

Ele não se precipita,

Abeira-se da cantarinha,

Dela bebe uma gotita,

Tu és a minha sobrinha.

 

 

 

III – Em dupla somos mais fortes,

Nisso tenho a certeza,

Tu alias-te a mim,

Seremos dois em dureza,

Duros até ao fim,

Ninguém vence com moleza,

O poder será nosso,

O patrão está ausente,

Irá ter problemas,

Aquele que nos fizer frente.

IV – Pós e contras pesados,

Positivo é o resultado,

Deste conluio eficaz,

Entre tu bem parecida,

E eu experiente capataz,

Tudo dá certo na vida,

As ordens todos acatam verás,

Disso tenho a certezinha,

Aquele que nos desobedecer,

Vai ter negra a vidinha.

 

Rio de Mouro, 04-07.2022

Francisco Parreira