O capataz e a sobrinha
Eu sou o
capataz,
Tu és a
minha sobrinha,
Aquele que
nos fizer frente,
Vai ter
negra a vidinha.
I – Por onde
tenho passado,
A categoria
é um posto,
Não pela
importância,
Mas pelo
poder imposto,
Sempre com
arrogância,
Do nascer ao
sol-posto,
Para agradar
ao patrão,
Trago na
barriga o rei assaz,
Exerço o
poder então,
Eu sou o
capataz.
II – Tudo
anda a toque de caixa,
Com aquele
mandão,
Familiar
cara bonita,
Para fazer a
excepção,
Nela tudo é
catita,
Esteja certo
ou não,
Ele não se
precipita,
Abeira-se da
cantarinha,
Dela bebe
uma gotita,
Tu és a
minha sobrinha.
III – Em
dupla somos mais fortes,
Nisso tenho
a certeza,
Tu alias-te
a mim,
Seremos dois
em dureza,
Duros até ao
fim,
Ninguém
vence com moleza,
O poder será
nosso,
O patrão
está ausente,
Irá ter
problemas,
Aquele que
nos fizer frente.
IV – Pós e
contras pesados,
Positivo é o
resultado,
Deste
conluio eficaz,
Entre tu bem
parecida,
E eu
experiente capataz,
Tudo dá
certo na vida,
As ordens
todos acatam verás,
Disso tenho
a certezinha,
Aquele que
nos desobedecer,
Vai ter
negra a vidinha.
Rio de
Mouro, 04-07.2022
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