quinta-feira, 9 de abril de 2020

Carta dirigida ao maldito vírus.
De mansinho chegaste, pela calada da noite, não mandaste aviso, para seres anunciado, só te mostraste ao mundo, como se fosses cobarde, depois de estares hospedado, por essa nefasta acção, está o mundo do avesso.
Porque és tão violento, matas tanto, causas tanta miséria?
És um vírus?
Ou és um aviso da natureza?
Afinal quem és?
Há és um aviso da natureza.
Vieste-nos castigar, porque todos os alertas tem sido ignorados.
Ela não suporta mais, tanta sujidade, tanta devastação, tanto desmatamento, tando abandono, tanta incúria, tanta ganância, tanta riqueza mal distribuída.
Pelos embaraços, privações e mal que nos estás a causar, peço-te que partas, já nos castigaste bastante.
Está a ser uma muito dura lição, espero que tenhamos aprendido, para que daqui para a frente, lentamente algo mude.
Parte então, deixa-nos ficar em paz.
RM 09-04-20
Francisco Parreira.

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