sábado, 29 de junho de 2019


O dia x desditoso
O dia x foi azarado,
O prometido é devido,
Quando a amizade é a rainha,
Cá estou outra vez,
Para falar da sina minha,
Foi aquele choque térmico,
Estava eu já preparado,
O suor era tanto,
Tudo me foi mudado,
 Levado para o recobro,
Com carinho e atenção,
Onde estive algum tempo,
A soro e observação,
Lá comecei a ter tosse,
Que não era apropriado,
Passei assim lá a tarde,
Sem ser intervencionado,
Uma nova marcação,
Tenho que aguardar,
Prometeram ser rápidos,
Em de novo me chamar.
29-06-2019 – Francisco Parreira.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Você, que reclama o que não recebe,
já pensou no que não dá?

Você, que se lamenta porque sofre,
já pensou no quanto faz sofrer?

Você, que acusa a ignorância,
já avaliou seus conhecimentos?

Você, que condena o erro,
já percebeu quanto erra?

Você, que se diz amigo sincero,
já se analisou com sinceridade?

Você, que se queixa da penúria,
já viu quanto possui mais que os outros?

Você, que critica o mundo,
já fez algo para melhorá-lo?

Você, que sonha com o céu,
quanto já fez para extinguir o inferno?

Você, que se diz modesto,
não terá orgulho de parecer humilde?

Você, que condena o mal,
tem procurado difundir o bem??

Você, que deplora a indiferença,
tem semeado o amor??

Você, que se aflige com a pobreza,
tem usado bem suas riquezas?

Você, que se dói com os espinhos,
tem cultivado rosas?

Você, que tanto lamenta as trevas,
tem espalhado luz?

Você, que se ocupa consigo mesmo,
tem se preocupado com os outros?

Você, que se sente tão pequenino,
tem procurado crescer?

Você, que se queixa da solidão,
tem buscado companhia de um amigo?

Você, que se revolta contra a doença,
que tem feito pela saúde?

Você, que almeja a concórdia,
tem combatido a discórdia?

Você, que se diz servo de Deus,
tem servido para alguma coisa
Dia X
         

         I
Quem espera desespera,
Lá diz o velho ditado,
Amanhã o dia X,
Há tanto tempo esperado.
          II
A coisa é muito simples,
Apenas uma catarata,
Para garantir não tem perigo,
É preciso muita lata.
          III
Haja disso consciência,
Nada tenho a temer,
Depois de tudo passado,
Quero melhor ficar a ver.
          IV
Coitadinho não digam,
Eu isso não mereço,
Dediquem-me algum afecto,
Que muito lhes agradeço.
        


         V
Dias depois aqui estarei,
Com muita sinceridade,
Tudo bem descreverei,
Sem pingo de vaidade.
          VI
Este é meu pensamento,
Neste dia almejado,
Quero ver direitinho,
Apos tudo consertado.


27-06-2019 – Francisco Parreira

segunda-feira, 24 de junho de 2019

ANIVERSÁRIO
(80 primaveras 22-06-2019)
Mais um ano se passou
Mais uma primavera vivida
Na longa estrada da vida
Caminho lenta e laureada…
Vivo um dia de cada vez
Sem passado nem futuro
Esperando hora a hora
Viver com intensidade
E sem juros de mora….
No livro da minha vida
Registo na minha memória
Os capítulos encerrados
Que me dão dias de glória
E também de solidão…
Não sei nem quero saber
O que será o amanhã
Só sei que o sol brilha hoje
Dentro do meu coração…
Esse sol que em mim entrou
E me faz sentir feliz
São os amigos verdadeiros
Que me abraçam com ternura
E me tornam tão ditosa…
Obrigada meus amigos
Vossas palavras singelas
São bálsamo que me conforta
Me anima e dá força
Para novas primaveras
Laurette Urban

domingo, 23 de junho de 2019

São João
- i
São Pedro não colabora,
Nesta época consumista,
Nas festas e romarias,
De São João Baptista.
-ii
Nesta tarde de arraial,
Dizem que é a maior,
Como irei fazer,
Para diversão nesta dia,
Faz frio e vai chover,
Prevê a meteorologia,
Resta-me esperar,
Antes de ir embora,
Agasalhos talvez levar,
São Pedro não colabora.
- III –
Esta é altura própria,
Para ir assistir,
Aos imensos festivais,
Para me divertir,
Muitos deles musicais,
Outros nos fazem rir,
Pelos preços a pagar,
Que nem estão na lista,


Pagamos sem refilar,
Nesta época consumista.
- IV –
As marchas de Santo António,
Nem só na capital,
Elas se realizaram,
Neste nosso Portugal,
Tantas festas se fizeram,
Sempre em grande arraial,
Também são as procissões,
Que preenchem alguns dias,
Consolam os corações,
Nas festas e romarias.
- IV –
Dos três grandes,
Qual deles o segundo,
Celebrado talvez,
Por todo o mundo
Que fala português,
Sentindo bem fundo,
A vida dos arraiais,
Com faz o bom portista,
Naquela noite mas longa,
De São João Baptista.
  23-06.2019- Francisco Parreira.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

--- S0LSTÍCIO -- Primavera --  Verão --
-I-
Aqui onde estou sentado,
Neste dia clarão,
Direi adeus à Primavera,
Com agrado recebo o Verão.
-II-
Neste tempo encoberto,
Mal consigo ver a serra,
As nuvens negras estão,
A chuva borrifa a terra,
Do ano qual a estação,
Quero que fique registado,
Para todos desilusão,
Até eu estou desolado,
Sem pingo de inspiração,
Aqui agora sentado.
-III-
Só faltava agora o vento,
A soprar desta maneira,
As árvores deste mundo,
As folhas da palmeira,
Num reboliço profundo,
Agora pinga a goteira,
Vai correndo lá ao fundo,
Uma senhora com seu cão,
Puxado por trela e coleira,
Neste dia clarão,
-IV-
Nada posso fazer,
Nada posso mudar,
Para o que vem a seguir,
Resta-me sim esperar,
Não quero exaurir,
Nem tão pouco azamboar,
Só me quero fazer ouvir,
Até posso ficar à espera,
Muitos anos com saúde,
Direi adeus à primavera.
-V-
Cansado de dias instáveis,
Meses de prolongado estio,
Um outono sem chuvas,
No inverno pouco frio,
Não precisei usar luvas,
Do que faço tanto brio,
Nem aquele belo capote,
 Trazia-o com satisfação,
Cobrindo o cangote,
Com agrado venha o verão.

21-06-2019 – Francisco Parreira.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Isto é que está aqui um trinta e um.   - - - - -
Pelo próprio pé por promessa,Pedro Paulo Pombo, promotor profissional, partiu para Paris, promovendo produtos portugueses, produzidos pelo pai Pedro Pombo, pomologista, Portalegrense, produzindo pêssego, pêra, papaia, pêro, pitanga, pinhão, pistácio. 13-06-2019 - Francisco Parreira.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Santos populares
Pelos santos populares,
Dias de grande folia,
Deste povo português,
Rejubila de alegria.
I
Na nossa linda Lisboa,
O Santo António venceu,
Aquele grande rival,
São Vicente, o padroeiro,
Na bela e ribeirinha capital,
Manda o santo casamenteiro,
Com comemoração sem igual,
Em lugarejos e lugares,
Tudo é um arraial,
Pelos santos populares.
II
No Porto reina São João,
Nos dias lhe dedicados,
Nas festas e arraiais,
Martelos e alhos-porros içados,
Dos santos são ao sinais,
Foliões são martelados,
Sem piedade nem ais
Vale tudo neste dia,
Ficam a chorar por mais,

Tempo de grande folia.
III
Da bela Sintra encantada,
São Pedro o padroeiro,
Com seu Palácio da Pena,
Lá no alto um luzeiro,
Na linda serra locados,
Seu castelo cimeiro,
Deixa os turistas enlevados,
E aumentam mês a mês,
Para satisfação e agrado,
Deste povo português.
IV
Este povo quer rambóia,
Pr’a esquecer agruras da vida,
Fá-lo nos arraiais,
Haja festa, haja comida,
Quebra rotinas semanais,
Com a sardinha no pão,
Vai o vinho e tanto mais,
Até ao romper do dia,
Não há sono, não há ais,
Rejubila de alegria.

12-06-2019 – Francisco Parreira.