-Par desavindo-
Portugal Pátria de paz,
Também sabe receber,
Quem o vier visitar,
Não se vai arrepender.
Sempre houve excepção,
Neste Torrão tão lindo,
O par Elsa – Fabian,
Não foi por cá bem-vindo.
Quando se desentenderam,
Elsa partiu amuada,
Desconhecendo o caminho,
Com sua força abriu estrada.
Seu recente rasto,
Fabian veloz seguiu,
Ao passarem por Montemor,
Foi o estrago que se viu.
Naquela linda região,
Com força ela terá chorado,
Foram tantas as lágrimas,
Tudo ficou alagado.
Para não ficar atrás,
Suas lágrimas ele dobrou,
Foram tantos os mililitros,
Que toda a zona inundou.
Sentindo ele por perto,
Não se quis ela demorar,
Em aflição nos deixou,
Foi subindo sempre a chorar.
Para se mostrar mais forte,
Ciente de sua razão,
Não querendo ele ficar esquecido,
Fez a maior destruição.
Em má hora por cá passou,
Aquele par desavindo,
Para fazerem o que fizeram,
Valia mais não terem vindo.
Sempre lembrados serão,
Não pela melhor razão,
Mas pela grande destruição,
Feita com a enorme inundação,
Rio de Mouro, 27-12-2019
Francisco Parreira.