segunda-feira, 5 de novembro de 2018
M E M Ó R I A
I
Eu não sou de Rio de Mouro,
Só vim para cá morar,
Fui também recebido,
Acabei por cá ficar.
II
Para ganhar para o pão,
Me deslocava é certo,
Meu trabalho era longe,
O da mulher aqui perto.
III
Passava pela estação,
Nem a terra conhecia,
Meu destino as mercês,
Fosse de noite ou de dia.
IV
Para mim um dormitório,
O filho quase não via,
Chegado o fim-de-semana,
Uma tripla alegria.
V
Quando a vida o permitia,
A Mem Martins me deslocava,
Era nessa freguesia,
Que a mulher trabalhava.
VI
Ao sábado tínhamos a praça,
Onde nada faltava,
Com muita qualidade,
Comprar ali eu gostava.
VII
O lamiré era constante,
Muita gente conhecida,
Lá fazíamos as compras,
Sem pressa nem corrida.
VIII
Chegado mais um domingo,
Lisboa ou Sintra o destino,
Para irmos passear,
Com o nosso querido menino.
IX
Após o regresso a casa,
O filho adormecia,
Nós estávamos reconfortados,
Para enfrentar novo dia.
X
Tínhamos que madrugar,
Ir de novo para a lida,
Cada um para seu lado,
Era assim a nossa vida.
05-11-18 – Francisco Parreira.
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