sábado, 29 de dezembro de 2018

D E S A S S O S S E G O
És maleita de época,
És um desassossego,
És irritante quanto baste,
És virose, és tropelia,
És mesmo desagradável,
És excomungada todo o dia,
És uma apanha indesejável,
És um amargor de boca,
És a tosse que estonteia,
És os olhos a lacrimejar,
És a garganta que pigarreia,
És um esmoncar o nariz,
És um consumidor de lenços,
És o erro que fiz,
És assim tal qual,
És uma prenda recebida,
Nesta época de Natal.
29-12-18 – Francisco Parreira.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

C R E S C I M E N T O
Um simples desabafo, “ e agora? ”
Trincolejou uma campainha
Na portentosa mente
Daquela tua mãe, princesa e rainha.
Tu Projecto Criar Afectos
Assim foi teu início
Pequenino à nascença
Perspicaz, robusto e audaz
Limpo de qualquer vício,
Um saudável rapaz
Foi muito bom te encontrar
Com poucos meses de idade
Na junta de freguesia
Do pouco, muito que tinhas para dar
Aceitei-o agradado no próprio dia
Para viver de forma diferente
A triste e monótona reforma
Para viva alegre e sorridente
Na ginástica e inglês estive presente.
Nos anos seguintes
Outras actividades iniciei
Já na Casinha dos Afectos
A leitura, os versos e a escrita retomei
Há tantos anos esquecidos
O teatro abracei.
Tu sempre em crescendo
Com diferentes autarcas na Junta
Um presidente jovem filho da terra


Cheio de ideias e criatividade
Com a brilhante estrela do Projecto
Deram-te novo estatuto
Passaste e ser Universidade
Universidade Sénior Criar Afectos de Rio de Mouro
Por USCARM siglada
De instalações mudaste
À RUTIS estás ligada.
De crescer não paraste
Tua área hoje inadequada
Para tanta actividade e vida
Não sei se já reparaste
Vais ter que te instalar
No outro lado da linha
Onde muito será diferente
Para melhorar a vida
Aos seniores aderentes
Cada vez mais presentes
E querem continuar.






21-12-18 Francisco Parreir

sábado, 8 de dezembro de 2018

C A B O S
I
Se de cabos falamos,
Temos que ter a certeza,
Do que a tratar estamos,
Com verdade e clareza.
II
Cabos entrando pelo mar,
São relevos naturais,
Onde faróis sobem pr’o ar,
Para de noite dar sinais,
III
Nas Forças Armadas,
Temos cabos promovidos,
Para funções variadas,
Onde são os mais validos.
IV
Nos utensílios manuais,
Cabos sãs pau direito,
Para trabalhos rurais,
São esses que fazem jeito.
V
Para trabalhos oficinais,
Os cabos são tão díspar,
De palmo, metro ou mais,
É preciso os adaptar.




VI
De cobre os cabos são,
Para electricidade transportar,
De alta ou baixa tenção,
Temos bem que os isolar.
VII
Sendo muita a força a fazer,
Cabos de aço nós prendemos,
Para grandes pesos mover.
É assim que procedemos.
VIII
Com várias utilizações,
Cabos de cordas de fios,
Usam destintas guarnições,
Na movimentação dos navios.
IX
Diverso é o material,
Para cabos construir,
Madeira, plástico ou metal,
Em cada caso o que convir.
X
Tanto há para saber,
De vários cabos não falo,
Por alguns desconhecer,
Aqui por isso me calo.

08-12-2018 - Francisco Pa

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

E N C O N T R O
 



I
Cruzaste-te no meu caminho,
Projecto Criar Afectos, adorei,
Foi uma bênção, um carinho,
Que sempre agradecerei.
II
Este encontro casual,
Em transição meu estado,
De trabalhador normal,
Para activo reformado.
III
Tu não foste uma miragem,
No teu meio reconhecera,
O valor desta paragem.
Em Rio de Mouro, nunca descera.
IV
A junta libertou instalação,
Primeiras actividades ministradas,
Onde com grande atenção,
Eram as mesmas executadas.
V
De simples dormitório,
Adoptei-te terra minha,
Pelo carinho meritório,
Recebido naquela casinha.
VI
Como cresceste com a idade,
Só a casinha não chegou,
Passaste a universidade,
Onde agora estou.


VII
Na Rutis estás integrada,
Com maior abrangência,
Tanta disciplina ensinada,
Com amor, saber e paciência.
VIII
Quantos mais não sabemos,
Sem pararem de aumentar,
Todos ali não cabemos,
Teremos que nos mudar.
IX
Aos voluntários sem excepção,
Lhes tenho que agradecer,
De todo o meu coração,
O bem que estão a fazer.
X
Para termos o que temos,
Muito trabalho foi feito,
A várias pessoas o devemos,
Levarem o Projecto a peito.
XI
Magicou a Doutora Marisa,
Presidente Filipe deu o Amém,
Presidente Bruno arremangou a camisa,
Esperemos o que ainda aí vem.


07-12-2018
Francisco Parreira

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Banco Alimentar Decorreu, foi um sucesso, A recolha do Banco Alimentar, Assim o disse a Presidenta, Todos ficaram a ganhar. Voluntários ganharam prestígio, Com paciência e carinho a pedir, Nos locais de angariação, Os saquinhos a distribuir. Nos locais de recolha, Árduo trabalho decorreu, Na separação e acondicionamento, Até o nosso presidente apareceu, Apareceu, não foi sozinho, Ia bem acompanhado, De Cabo Verde o Presidente, Andou ali a seu lado. Para os milhares de voluntários, Sem descriminação da idade, Distribuídos merecidos elogios, Sem cumplicidade nem vaidade. Na distribuição do produto, Que esta acção recebeu, Que seja o mesmo entregue, A cada um o que é seu. 03-12-2018 – Francisco Parreira Muitos são os beneficiados, Como as campanhas mostraram, Primeiro os distribuidores, Onde os milhões de euros ficaram. Como fieis depositários, Pelo seu trabalho e maneio, Arrecadam os seus lucros, Não lhes fica nada feio. Ao carecido governo, O IVA cobrado vão entregar, Cobrança justa ou injusta, Só vós o podeis julgar. Sem uma palha bulir, Maquia vai receber, O grande beneficiário, Para mim está bom de ver. Com alguns meses de atraso, O produtor vê o dinheiro, Na minha maneira de ver, Deveria ser ele o primeiro. Não quero entrar em polémica, Por isso vou terminar, Quanto á distribuição dos géneros, Veremos onde alguns vão parar

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Assunto: Num banco em Beja - Bom dia, ê queria alevantar 50 êros - Aqui no balcão só a partir de 200 euros. Tem de ir ao multibanco - Mas ê na sê trabalhar com aquela máquina... - Então tem de vir outro dia e o meu colega ensina-o - Está bem, atão queria levantar 200 êros - Aqui estão. Deseja fazer mais alguma operação? - Sim. Quero depositar 150 êros PS: Para tornear este "atendimento personalizado" é preciso ser-se "ALENTEJANO DE GEMA"

sábado, 17 de novembro de 2018

Lisboa já tem sol mas cheira a lua Quando nasce a madrugada sorrateira E o primeiro eléctrico da rua Faz coro com as chinelas da ribeira Se chove cheira a terra prometida Procissões têm o cheiro a rosmaninho Nas tascas da viela mais escondida Cheira a iscas com elas e a vinho Um cravo numa água furtada Cheira bem, cheira a lisboa Uma rosa a florir na tapada Cheira bem, cheira a lisboa A fragata que se ergue na proa A varina que teima em passar Cheiram bem porque são de lisboa Lisboa tem cheiro de flores e de mar Cheira bem, cheira a lisboa A fragata que se ergue na proa A varina que teima em passar Cheiram bem porque são de lisboa Lisboa tem cheiro de flores e de mar Lisboa cheira aos cafés do rossio E o fado cheira sempre a solidão Cheira a castanha assada se está frio Cheira a fruta madura quando é verão Teus lábios têm o cheiro de um sorriso Manjerico tem o cheiro de cantigas E os rapazes perdem o juízo Quando lhes dá o cheiro a raparigas Cheira bem, cheira a lisboa A fragata que se ergue na proa A varina que teima em passar Cheiram bem porque são de lisboa Lisboa tem cheiro de flores e de mar

domingo, 11 de novembro de 2018

Rimas para dois Ó! Estás aqui trigueirinha? Muito gosto em te encontrar, Tempo há não te via, Para contigo despicar. Para contigo despicar, Eu os olhos bem abri. Para me não rasteirares, Aqui na sede da ARPI. Aqui na sede da ARPI, Quero contigo rimar, Agora assim lado a lado, Vamos lá começar. Comecemos agora mesmo, Sem nada ficar esquecido, Como tu sempre esqueces, Quando te chamo querido. Sempre me chamaste querido, Em verso ou a cantar, Tenho-te tanta amizade, Quero contigo continuar. Para contigo continuar, Depois de tanto moinar, Quero tudo explicadinho, Sem por dizer nada ficar. Sem rodeios nem trapalhice, É assim desta maneira, Que estou aqui encantado, Minha fiel companheira. Falas tu da companheira, Que te ocupa todo o tempo, Em trabalho e brincadeira, Sem te roubar o talento. Sem me roubares o talento, Contigo estou a versar, Sem desvios nem mentiras, Fazemos um lindo par. Fazemos um lindo par, Sem fofocas nem falatório, Lembras-te? Assim desta maneira, Fomos juntos ao cartório. De lá saímos sozinhos, Eramos dois, cinco agora, Venha de lá esse abraço, Vamo-nos daqui pr’a fora. 11-11-18 – Francisco Parreira.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

M E M Ó R I A I Eu não sou de Rio de Mouro, Só vim para cá morar, Fui também recebido, Acabei por cá ficar. II Para ganhar para o pão, Me deslocava é certo, Meu trabalho era longe, O da mulher aqui perto. III Passava pela estação, Nem a terra conhecia, Meu destino as mercês, Fosse de noite ou de dia. IV Para mim um dormitório, O filho quase não via, Chegado o fim-de-semana, Uma tripla alegria. V Quando a vida o permitia, A Mem Martins me deslocava, Era nessa freguesia, Que a mulher trabalhava. VI Ao sábado tínhamos a praça, Onde nada faltava, Com muita qualidade, Comprar ali eu gostava. VII O lamiré era constante, Muita gente conhecida, Lá fazíamos as compras, Sem pressa nem corrida. VIII Chegado mais um domingo, Lisboa ou Sintra o destino, Para irmos passear, Com o nosso querido menino. IX Após o regresso a casa, O filho adormecia, Nós estávamos reconfortados, Para enfrentar novo dia. X Tínhamos que madrugar, Ir de novo para a lida, Cada um para seu lado, Era assim a nossa vida. 05-11-18 – Francisco Parreira.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

-- S i n t r a-- I Verdejante linda Sintra, Sois uma terra encantada, Muita da tua beleza, Pelo oceano é banhada. II No cimo da tua serra, Está o Castelo dos Mouros, Ao lado o palácio da pena, Dois valiosos tesouros. III No Palácio das Chaminés, Únicas e majestosas lá estão, Sendo suas cópias expostas, Todos sabem donde são. IV Na encosta voltada a este, Tens obra revivalista e altaneira, De uma riqueza tal, O Palácio e a Quinta da Regaleira. V Na serra a ver o mar, Com toda a sua história, O lindo Jardim e Palácio de Monserrate, Que retenho na memória. VI Na encosta serrana, Àquele velho terreiro, Chamou-lhe “ Palácio “ de Seteais, Aquele valente guerreiro VII A Quinta da Ribafria, Não a posso esquecer, O deslumbramento é tal, Tem mesmo que a conhecer. VIII Tens muito mais, digo eu, Com um pouco de vaidade, Ali na volta do duche, Tens o Parque da Liberdade. IX Tanto, tanto mais tu tens, Quintas, palácios e chalés, Teremos que visitar-te, Para sabermos quão bela és. X Tu uma vila moderna, Todos te querem conhecer, Chegam de todo o mundo, Para te fotografar e ver. XI Agradam ao visitante, Teu encanto e harmonia, São unanimes a dizer, Hei-de cá voltar um dia. 07-09-2018 - Francisco Parreira.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

T o m á s É para ti Tu pequenino eras, Naquela alcofa deitado, Quando a casa cheguei, Me coloquei a teu lado, Tão satisfeito fiquei, Conosco ele vai crescer, Foi assim que pensei, De igual para igual, Sendo tu o mais novinho, Sempre bem comportado, Todos te deram carinho, Mesmo tendo abalado, Para seguir o caminho, Por ti escolhido e trilhado. Sendo sempre bom aluno, Com garra e dedicação, Vi o teu sonho seguires, Com determinação, Estás nessa fase final, E outra nova se inicia, Com a merecida bênção, Dessa linda verde fita, Dás-me tanta alegria, Saltita meu coração, Francisco Parreira, 23-05-2018
Grupo de praia I No bairro da tabaqueira, Foram as últimas entradas, O grupo alegre e sorridente, Seguiu por ruas e estradas. II Nossa Directora Marisa, Tem tudo bem controlado, Se São Pedro mandar chuva, Vamos para outro lado. III Com o amigo motorista, Competente Luís Raminhos, Estamos descansados, Conhece bem os caminhos. IV As nuvens o sol escondiam, Agreste aragem, pedras, água fria. Ir ao banho nem pensar, Neste primeiro dia. V Numa manhã intempestiva, Borrasca pelo caminho, Em Mafra matei a gula, Com café e um fradinho. VI O tempo razoável, Para o corpo molhar, Daquele pedregoso fundão, Achei sensato recuar. VII Para praia dia chuvoso, Então para nosso bem, Seguimos para Lisboa, Aos pastéis de belém. VIII O sol anda escondido, Nesta e outras manhãs, Foi agradável o passeio, Até à praia das maçãs. IX Agradáveis momentos perdi, No dia que bom veio, Na praia não compareci, Fui ao norte em passeio. X Com o sol envergonhado, Estamos pelos cabelos, Nossas actividades, Ginástica e passagem de modelos. XI A este grupo valente, Frio e chuva não faltou, Para não resfriarmos, A Mafra o Luís nos levou. XII Parece que o tempo melhorou, Custa-me acreditar, Que um dia apenas falta, Para este grupo terminar. XIII Para-o-que-der-e-vier, amanhã, Para a amizade selar, Assim todos reunidos, Em pic-nic vamos almoçar. XIV Fazer parte deste grupo, Foi muito bom, podem crer, Em conhecimento e afectos, Enriqueci meu saber. XV Continuaremos na USCARM. Nos veremos outro dia, A todos muito obrigado, Pela vossa simpatia. Casais 13 – 06 – 2018 – Francisco Parreira.
O meu dia 25 de Abril de 1974 Naquela manhã de quinta-feira, Ir trabalhar era normal, Comboio e metro me levaram, Até aquele tribunal, Onde rol de testemunhas, Naquele prazo final, Eu devia entregar. Aqueles extremosos soldados, Comigo à porta a dialogar, A entrada me barravam, Nada podiam mudar, A cumprir ordens estavam. Foi na paragem em frente, Que o autocarro ( carreira oito ) apanhei, Sem qualquer obstrução, Ao trabalho cheguei, Na minha secção, A saber fiquei, Não havia solução. Por militares revoltosos, O aeroporto estava tomado, Dali não ia partir, Qualquer avião aparcado, E saber-se lá para onde, Seria então desviado, O trafego ali esperado. Sugeriu então a chefia, Acatemos os conselhos, Ouvidos na telefonia, Vamos todos para casa, Amanhã será outro dia. A sair fui o primeiro, Para a paragem corri, Veio o quarenta e cinco, Nesse mesmo eu subi, Sem definido o destino, Nas ruas já algum povo, Que parecia sem tino. Para-o-que-desse-e-viesse, Os militares atentos, Ferramenta do dia preparada, Vigiavam pontos-chave e monumentos. No Terreiro do Paço apeei, Bastante era o povo ali, Quantas centenas não sei, Nem acreditar queria, Naquilo que observei, Era mesmo de terror, O senário montado estava, Em terra aquele canhão, Sua mira apontava, Àquele vaso de guerra, Que no mar da palha navegava, Os seus canhões exibia, Naquela curta distância, O alvo não falharia. A quem prefere a paz à guerra, Aquele senário desagradava. Subi ao Largo do Carmo, Ver como aquilo lá estava. Em amena cavaqueira, De tudo e muito lá se falava, Com os militares presentes. Ao ser noticiado, Que doutor Marcelo Queitano, Estava ali refugiado, Nem meia hora passada, O espaço estava lotado, Bancos, estátuas e árvores, De pináculos serviam, Também palavras de ordem, Já por ali se ouviam. Nos carregadores as balas, Nos canos cravos vermelhos se viam, Para aquele quartel fronteiro, Todos pontaria já faziam, Manuseio de armas ligeiras e morteiro, No telhado era visível, Um senário dantesco e atroz, Estava lá frente a frente, À vista de todos nós, Nada mais nos era dito, Só se ouvia a nossa voz, Numa desconexa gritaria. De minha livre vontade, Passo à frente passo atrás lá saía, À António Maria Cardoso, Ir também eu queria, Espreitar aquelas janelas, Era tanto o povo que havia, Naquelas ruas e ruelas, Era quase impossível, Transitar nelas. Desci então ao Rossio, Onde errada ou certa, Tomei uma decisão, Com a mulher e o filho preocupado, Dirigi-me à estação, Os conselhos da rádio acatei, O comboio estava normal, Para casa regressei, Naquele dia muito perdi, Nem assisti a rendição, Depois de em casa entrar, Nos jornais, rádios ou televisão, Vi o que me quiseram mostrar.PS – passado a limpo em2018 Francisco Parreira – 08-05-2018

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Grupo de praia I No bairro da tabaqueira, Foram as últimas entradas, O grupo alegre e sorridente, Seguiu por ruas e estradas. II Nossa Directora Marisa, Tem tudo bem controlado, Se São Pedro mandar chuva, Vamos para outro lado. III Com o amigo motorista, Competente Luís Raminhos, Estamos descansados, Conhece bem os caminhos. IV As nuvens o sol escondiam, Agreste aragem, pedras, água fria. Ir ao banho nem pensar, Neste primeiro dia. V Numa manhã intempestiva, Borrasca pelo caminho, Em Mafra matei a gula, Com café e um fradinho. VI O tempo razoável, Para o corpo molhar, Daquele pedregoso fundão, Achei sensato recuar. VII Para praia dia chuvoso, Então para nosso bem, Seguimos para Lisboa, Aos pastéis de belém. VIII O sol anda escondido, Nesta e outras manhãs, Foi agradável o passeio, Até à praia das maçãs. IX Agradáveis momentos perdi, No dia que bom veio, Na praia não compareci, Fui ao norte em passeio. X Com o sol envergonhado, Estamos pelos cabelos, Nossas actividades, Ginástica e passagem de modelos. XI A este grupo valente, Frio e chuva não faltou, Para não resfriarmos, A Mafra o Luís nos levou. XII Parece que o tempo melhorou, Custa-me acreditar, Que um dia apenas falta, Para este grupo terminar. XIII Para-o-que-der-e-vier, amanhã, Para a amizade selar, Assim todos reunidos, Em pic-nic vamos almoçar. XIV Fazer parte deste grupo, Foi muito bom, podem crer, Em conhecimento e afectos, Enriqueci meu saber. XV Continuaremos na USCARM. Nos veremos outro dia, A todos muito obrigado, Pela vossa simpatia. Casais 13 – 06 – 2018 – Francisco Parreira.

domingo, 8 de julho de 2018

Coincidências Estava hoje no terreiro das festas da vila de Rio de Mouro. Dei por falta de um artigo, o boné, que tinha ficado no carro, esquecimento pensei eu. olhei o relógio era cedo, fui buscá-lo ao carro, que estava no parque da Igreja. De volta algum do pessoal da Universidade estava a entrar para a junta de freguesia. Chegado ao recinto, estava a iniciar a actuação do primeiro grupo, Olhei o relógio estava parado, olhei e voltei a olhar o recinto, onde o pessoal da Universidade era em número reduzido, lembrei-me, tinham ido à junta, mas logo foram à junta na hora de se iniciarem as actuações. Mas há mais, o atraso da actuação das marchas, reduziu o tempo de actuação do ultimo rancho. Como não há duas sem três, quando vim a casa, fiquei sem carro, não me sendo possível ir ver a actuação da orquestra. na minha maneira de pensar, foram coincidências a mais para uma só tarde. Deitando tudo isto para trás das costas, foi uma tarde maravilhosa. Um obrigado a todos os que se esforçaram e labutaram para que tudo corresse bem, como aliás correu e penso que os fregueses tal como eu, estão satisfeitos. 08-07-2018.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Cantor Pedro Barroso confessa que não consegue ser “gay” POEMA O cerco Venho aqui pedir desculpa de não ser evoluído, apesar destas campanhas na rádio, na televisão, em toda a parte, insistindo na urgência do assunto… Eu não consigo gostar; - não consigo mesmo, pronto. Sei que pertence ser gay, toda a gente deve ser. Mas eu, lamentavelmente não sou como toda a gente; Como aconteceu... não sei, peço desculpa por isso, mas confesso: sou… diferente. Sei que vos pode ofender esta minha enfermidade, pois um gajo que assim pensa hoje em dia, não tem nexo; deveria ser banido, expulso da comunidade. É uma vergonha indecente Gostar de mulher, ter filhos Casar, afagar, perder-se Com pessoa doutro sexo! Uma nojeira repelente; Dar-lhe, até, beijos na boca em público! E declarar Esta sua preferência Que eu nem sei classificar! Tenho uma vergonha louca E desejo penitência por tal desconformidade, retardamento, machismo, doença, fatalidade! Já tentei tudo: - inscrevi-me em saunas, aulas de dança cursos de perfumaria origami, greco romana, ioga - para ter ousadia boxe - p’ra ganhar confiança... Mas quando chega o momento De optar… sou… decadente, Recorrente e insistente. Opróbrio raro e demente, Ver uma mulher seduz-me, Faz-me vibrar, deslumbro. Vê-la falar, elegante; Vê-la deslizar, sensual Como vestal, deslumbrante Seu peito assim, saltitante Sua graça embriagante olho com gosto, caramba, lamento ser tão ...normal. Mas eu confesso que sinto - neste corpo tão cansado Que da vida já viu tanto... Ainda sinto um desejo Que m’ envergonha bastante Por ser já tão deslocado tão antigo, assim tão fora do mais moderno critério. Valia mais estar calado Mas amigos, já agora Assumo completamente: - Tenho esse problema sério. Nunca integrarei partidos Onde não sou desejado. No planeta das tais cores não tenho dia aprazado, nem bandeira, nem veado, nem “orgulho” especial! Sou mesmo do “outro lado” dito “heterossexual” e já me chateia um bocado Ter que dizer, embaçado, que me atrai o feminino e sou apenas “normal”! - e, portanto, avariado. Mas… mesmo assim, - saudosista, imensamente atrasado, terrivelmente cercado, conservador nesse ponto, foleiro, desajustado... perdoai-me tal pecado - Não me sinto ...assim tão mal

sexta-feira, 2 de março de 2018

TOURADA
DE 
ARY DOS SANTOS
Não importa sol ou sombra 
camarotes ou barreiras 
toureamos ombro a ombro 
as feras. 
Ninguém nos leva ao engano 
toureamos mano a mano 
só nos podem causar dano 
espera. 

Entram guizos chocas e capotes 
e mantilhas pretas 
entram espadas chifres e derrotes 
e alguns poetas 
entram bravos cravos e dichotes 
porque tudo o mais 
são tretas. 

Entram vacas depois dos forcados 
que não pegam nada. 
Soam brados e olés dos nabos 
que não pagam nada 
e só ficam os peões de brega 
cuja profissão 
não pega. 

Com bandarilhas de esperança 
afugentamos a fera 
estamos na praça 
da Primavera. 

Nós vamos pegar o mundo 
pelos cornos da desgraça 
e fazermos da tristeza 
graça. 

Entram velhas doidas e turistas 
entram excursões 
entram benefícios e cronistas 
entram aldrabões 
entram marialvas e coristas 
entram galifões 
de crista. 

Entram cavaleiros à garupa 
do seu heroísmo 
entra aquela música maluca 
do passodoblismo 
entra a aficionada e a caduca 
mais o snobismo 
e cismo... 

Entram empresários moralistas 
entram frustrações 
entram antiquários e fadistas 
e contradições 
e entra muito dólar muita gente 
que dá lucro as milhões. 

E diz o inteligente 
que acabaram asa canções

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Utilização da letra " P "

Por pouco pensar pequei,
Pelas palavras proferidas,
Perdão preguiçando peço,
Pelas palestras proferidas.
FMBP 28-02-2018.    

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Eis a tabela das mulheres ''mais'':
A mulher mais abençoada é a Benta,
A mulher mais perfumada é a Rosa,
A mulher mais madrugadora é a Aurora,
A mulher mais feliz é a Felicidade,
A mulher mais triunfante é a Vitória,
A mulher mais duradora é a Perpétua,
A mulher mais piedosa é a Piedade,
A mulher mais bonita é a Graciosa,
A mulher mais casta é a Pureza,
A mulher mais limpa é a Branca,
A mulher mais recatada é a Modesta, ,
A mulher mais sofredora é a Dores,
A mulher mais cruel é a Bárbara,
A mulher mais transparente é a Clara,
A mulher mais valiosa é a Esmeralda,
A mulher que mais reza é a Rosário,
A mulher com mais poder de cura é a Sara,
A mais interessante é sempre a do vizinho
E a mais aborrecida é sempre a nossa

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

       
NASCIMENTO
                               

Naquele mês de Junho,
Falando à linda Moça,
De baptismo Marisa,
Descreveu a solidão,
Aquela freguesa abandonada,
Idosa desmotivada,
Sem qualquer ocupação,
falou ali uma só vez,
Naquele lugar certeiro,
Despertando a mente jovem,
A procurar certo o parceiro,
Presidente Filipe Santos,
Juntos os dois à secretária,
Trabalharam no concreto,
Acordaram as condições,
Numa gestação certeira,
Para nove meses depois,
Com bênção de Santa Apolónia, 
Nascer a linda criança,
Tímida mas audaz,
Um valente rapaz,
Com medida e peso certos,
Logo ali o baptizaram,
Projecto Criar Afectos.


Francisco Parreira
Rio de Mouro 11-01-2018.