terça-feira, 26 de outubro de 2021

 

Paz

Gabriel O Pensador


Aqui se planta, aqui se colhe, mas pra flor nascer é
preciso que se molhe
É preciso que se regue pra nascer a flor da paz
É preciso que se entregue com amor e muito mais.
É preciso muita coisa, e que muita coisa mude
Muita força de vontade e atitude
Pra poder colher a paz tem que correr atrás. E tem que
ser ligeiro!
Pra poder colher a fruta é preciso ir à luta. E tem
que ser guerreiro!

Refrão:
Pela paz a gente canta, a gente berra.
Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra.

Eu vou a luta, eu vou armado de coragem e consciência
Amor e esperança
A injustiça é a pior das violências
Eu quero paz, eu quero mudança.

Dignidade pra todo cidadão
Mais respeito, menos discriminação
Desigualdade, não. Impunidade, não
Não me acostumo com essa acomodação.

Eu me incomodo e não consigo ser assim, por que eu
preciso da paz
Mas a paz também precisa de mim.
A paz precisa de nós. Da nossa luta, da nossa voz.

Paz, aonde tu estás? Aonde você vive? Aonde você jaz?
Onde você mora? Onde te encontramos?
Onde você chora? Onde nós estamos?
Onde te enterramos? Que lar você habita?
Onde nós erramos? Volta, ressuscita.

Será que a paz morreu, será que a paz tá morta?
Será que não ouvimos quando a paz bateu na porta?
A paz que não tem vaga, na porta da escola
A paz vendendo bala, a paz pedindo esmola
A paz cheirando cola, virando adolescência
Atrás de uma pistola virando violência.

Será que a paz existe, será que a paz é triste?
Será que a paz se cansa da miséria e desiste?
A paz que não tem vez, a paz que não trabalha
A paz fazendo bico, ganhando uma migalha
No fio da navalha, dormindo no jornal
Atrás de ma metralha virando marginal

Refrão:
Pela paz a gente canta, a gente berra.
Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra.

Será que a paz ataca, será que a paz tá fraca?
Será que a paz quer mais do que viver numa barraca?
A paz que não tem terra, a paz que não tem nada
A paz que só se ferra, a paz desesperada
A paz que é massacrada lutando por justiça
Atrás de uma enxada, virando terrorista

Será que a paz assusta, será que a paz é justa?
Será que a paz tem preço? Quanto é que o preço custa?
A paz que não tem raça nem boa aparência
A paz não vem de graça, a paz é consequência
A paz que a gente faz, sem peso e sem medida
Atrás dessa fumaça, paz virando vida.
A paz que não tem prazo, a paz que pede urgência
Não vai ser por acaso. A paz é consequência
Não é coincidência nem coisa parecida
A paz a gente faz, feito um prato de comida.

Refrão:
Pela paz a gente canta, a gente berra.
Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra.

Eu vou a luta, eu vou armado de coragem e consciência
Amor e esperança
A injustiça é a pior das violências
Eu quero paz, eu quero mudança.

A violência não é só dos traficantes
A covardia não é só dos policiais
A violência também é dos governantes
Dos homens importantes
Não sei quem mata mais

Como é que a gente faz
Pra medir a violência na emergência dos hospitais?
A dor e o sofrimento
Os filhos que não nascem, os pais que morrem sem
atendimento?

Qual é a gravidade
Do roubo milionário praticado por alguma autoridade
Que tem imunidade, que compra a liberdade?
Enquanto o cidadão honesto vive atrás das grades
Com medo de um assalto à mão armada
Pagando imposto alto e não recebendo nada

Qual é o grau do perigo
Da falta de escola e de emprego, de prisão e de
abrigo?
Qual é o pior inimigo
Os pais da corrupção ou os filhos do mendigo?
Quem é o grande culpado
O ladrão, que tem cem anos de perdão, ou você, que
vota errado?

Refrão:
Pela paz a gente canta, a gente berra.
Pela paz eu faço mais. Eu faço guerra.

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

 O caminho vai sendo feito dia a dia.

A magia do inicio abriu caminho a uma das mais bonitas histórias que conheço...
Fomos abrigo, ombro... companhia... afecto.
Fomos piscar de olho, mão na mão, sorriso no rosto e abraço...
Fomos e somos porque o nosso caminho segue...
Quando a vida nos pôs à prova enquanto sociedade... vivemos juntos a pior história colectiva que temos memória...
Ficamos em casa mas não desistimos de estar uns com os outros...
Estivemos... estivemos de tal ordem que fomos exemplo... que recebemo convites... que partilhamos com os outros a nossa história.
Em Setembro voltámos... com muita pena ainda não conseguimos dar resposta a todos os pedidos... mas vamos dar ❤
Unidos temos vivido... temos dado gargalhadas e temos chorado.
Ganhámos muito... perdemos algumas vezes... algumas com uma dor que ficará para sempre.
Mas hoje... 3 semanas depois de iniciarmos as aulas... escrevo para agradecer aos nossos professores... por tudo ❤❤❤
Aos nossos alunos por quererem estar connosco e fazerem com que tenhamos orgulho no caminho.
Agradecer à junta de freguesia na pessoa do seu presidente por nos permitir ser... por nos deixar sonhar...
Agradecer ao Luís por estar connosco.
Agradecer... agradecer... Porque Obrigada vai ser sempre pouco por tanto que damos uns aos outros