quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

 Covid 19

Estou cansado,

Estou farto,

Longa é a reclusão,

Em casa prisioneiro,

Cumprindo condenação,

Por crime não praticado,

Tendo isso em atenção,

A culpa é do maldito,

Vírus contagiante,

Sem descriminação,

Contagia novos e velhos,

Homens, mulheres e outros,

O que estiver à mão,

Para semear e a eito,

Faz a sua sementeira,

Sem escolher o chão,

Progride a olhos vistos,

Sem estremas nem fronteiras,

Neste Lusitano Torrão,

Resta-nos esperar,

Esperançados na derrota,

Que as vacinas lhe darão,

Para nosso sossego,

Afecto e liberdade,

Para nossa consolação.

 

Rio de mouro, 31-12-20

Francisco Parreira.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

 Adeus Ano velho 2020

Na minha história de vida
Conto oitenta primaveras
Olho para trás e vejo
Que sonhei muitas quimeras.
Vou sentindo algum cansaço
mas isso não me desanima
Vou aprendendo no dia a dia
A viver com maestria.
A vida é uma estrada
Que procuramos percorrer
Com curvas e contra curvas
Que nós temos que vencer.
O ano 2020 foi difícil de viver
Venci muitos obstáculos
Porque guerreira eu nasci
Lutarei para ser feliz
Que mais posso eu querer...
Despeço-me agradecida
Deste ano que vivi...
Coisas boas e outras não
Mas a vida é mesmo assim.
Então foi Natal, o novo ano
Está a chegar nele depósito a Esperança de alguns sonhos
Concretizar.
O ano 2021 será mais um desafio
Estou pronta para continuar
A Viver com a alegria
De quem tem muito para dar
E também para receber.
Será um ano de esperança
Cumprirei o meu destino
Nele tenho confiança
Laurette Urbano

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

 

RECICLAR   

FAVAS

I - Reciclar é preciso,

Acção que levo a peito,

Reciclo o que posso,

Disso tiro proveito.

II – Fava- rica já ouvi,

pelas ruas de Lisboa,

das favas era pregão,

prenúncio de coisa boa.

III – Estas depois de secas,

eram para semear,

o tempo não veio a jeito,

tiveram que esperar.

IV – Assim a época passou,

O covid foi culpado,

Deste nobre produto,

Não ser semeado.

V – Como sou poupadinho,

Não o quis ver estragado,

Com bom gosto e jeito,

Assim foi reciclado.

 

 

 

 

VI – Este produto genuíno,

No Alentejo criado,

Temperado a meu gosto,

Para assim ser degustado,

VII – Já sei não posso abusar,

Nisso tenho orgulho,

Como pouco de cada vez,

Sem empanturrar o bandulho,

Rio de Mouro 07-12-20

Francisco Parreira.