quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O Nobel da Economia
Prof. Dr. Wass Catar, explica como se deve pensar na economia actual.

  • Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000,00 euros
em acções do Royal Bank of Scotland, um dos maiores Bancos do Reino Unido, teriam hoje 29,00 euros!
  • Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000,00 euros
em acções da Lehman  Brothers
teriam hoje 0,00 euros!!
  • Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000,00 euros em papel comercial do BES, o maior Banco privado de Portugal, teriam hoje 0,00euros!!!
  • Mas se em Janeiro de 2010 tivessem gasto 1.000,00 euros
em bom vinho tinto (e não em acções) e tivessem já bebido tudo,
teriam 46,00euros em garrafas vazias.

Conclusão
No cenário económico actual, é preferível esperar sentado e ir bebendo um bom tintol. 
Não se esqueçam de que quem sabe beber, VIVE:
- Menos triste
- Menos tenso
- Mais contente com a vida.

Pensem nisto e invistam na alegria de viver.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A língua PImagem intercalada 1ortuguesa é uma riqueza.

Alma de sovina

Não, não darei nada meu.

Amealhei com suor.

Com trabalho árduo.

Acordei cedo,

Dormi tarde,

Dormi pouco.

Não, não darei nada meu.

Não me peçam esmolas,

Não me falem em caridade,

Fui honesto,

Trabalhei de boa vontade,

Guardei cada centavo,

Não gastei com souvenir,

Com besteiras,

Com diversões.

É meu esse tesouro.

Não, não darei nada meu.

Foi tudo com muito esforço.

Por que me pedes que abandone o que criei?

Nada mais interessa a mim a não ser o que é meu.

Saía daqui com tua luz, incomoda.

Cada um que amealhe seu ouro.

Não, não darei nada que é meu.

Mesmo, sem carne sobre os ossos,

Mesmo como dizes: morto.

Não, não darei nada que é meu.

Esse é meu tesouro.

O que construí.

E aqui ficarei guardando o brilho do metal.

Por toda a eternidade, mesmo sozinho.

Pois, foi aqui que empenhei minha alma.

Vai-te com tua luz.

Na escuridão que habito.

Só o brilho do metal amado sana minha dor

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Século XXI

Falam de tudo como se a razão 
lhes ensinasse desesperadamente 
a mentir, a lançar 
sem remorso nem asco um novo isco 
à espera que alguém morda 
e acredite nessa liturgia 
cujos deuses são fáceis de adorar 
e obedecem às leis do mercado. 

Falam desse ludíbrio a que chamam 
o futuro 
como se ele existisse 
e as suas palavras ecoam 
em flatulentas frases 
sempre a favor do vento que as agita 
ao ritmo dos sorrisos ou das entrevistas 
em que tudo se vende 
por um preço acessível: emoções 
& sexo & fama & outros prometidos 
paraísos terrestres em horário nobre 
- matéria reciclável 
alimentando o altar do esquecimento. 

O poder não existe, como sabes 
demasiado bem - apenas uma 
inútil recidiva biológica 
de hormonas apressadas que procuram 
ser fiéis aos comércio 
dos sonhos sempre iguais, reproduzindo 
sedutoras metástases do nada 
nos códigos de barras ou nos cromossomas 
de quem já pouco espera dos seus genes. 

Fernando Pinto do Amaral, in 'A Luz da Madrugada

Ivone Silva e Camilo de Oliveira "Ai Agostinho,Ai Agostinha"