terça-feira, 29 de abril de 2014

António Aleixo

Sta na mão de toda agente
A felicidade, vê lá!...
E o homem só 'sta contente
no lugar onde não está.


Não há nenhum milionário
que seja feliz como eu:
tenho como secretário
um professor do liceu.


De vender a sorte grande,
confesso, não tenho pena;
que a roda ande ou desande
eu tenho sempre a pequena.


Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.


És feliz, vives na alta
e eu de ratos como a cobra.
Porquê? Porque tens de sobra
o pão que a tantos faz falta.


Quem nada tem, nada come;
e ao pé de quem tem comer,
se disser que tem fome,
comete um crime, sem querer.


Eu não tenho vistas largas
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
Lições de Filosofia.


P'ra a mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem de trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.


Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a razão, mesmo vencida
não deixa de ser Razão.


Embora os meus olhos sejam
os mais pequenos do Mundo,
o que importa é que eles vejam
o que os homens são no fundo.


Uma mosca sem valor
poisa c’o a mesma alegria
na careca de um doutor
como em qualquer porcaria.


Fui polícia, fui soldado,
estive fora da nação;
vendo jogo, guardo gado,
só me falta ser ladrão.


Co'o mundo pouco te importas
porque julgas ver direito.
Como há-de ver coisas tortas
quem só vê o seu proveito?


À guerra não ligues meia,
porque alguns grandes da terra,
vendo a guerra em terra alheia,
não querem que acabe a guerra.


Não é só na grande terra
que os poetas cantam bem:
os rouxinóis são da serra
e cantam como ninguém.


Ser artista é ser alguém!
Que bonito é ser artista...
Ver as coisas mais além
do que alcança a nossa vista!


Nunca gostei de mentir,
Mas faço bem quando minto,
Fazendo a outros sentir
Esp'ranças que já não sinto.


Para não fazeres ofensas
E teres dias felizes,
Não digas tudo o que pensas,
Mas pensa tudo o que dizes.


O mundo só pode ser
Melhor que até aqui,
- Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti!


Até nas quadras que faço
Aos podres que o mundo tem,
Sinto que sou um pedaço
Do mesmo podre também.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Passeio a Fátima       -      08/04/2014
O Projecto Criar Afectos alissiou-me,
Sendo assim o culpado,
Deste maravilhoso dia,
Na região de Fátima passado.
A Dra. Marisa e o Sr. Luis,
Com todo o vosso saber,
Foram muito laboriosos,
Como passo a descrever.
O nosso condutor Luis Raminhos,
Com seu manancial,
Levou-nos de Rio de Mouro,
A Fátima Centro Comercial.
Não é um centro  qualquer,
É um centro famoso,
Onde impere o negócio,
Que explora o religioso.
Depois no Santuário,
A liberdade imperou,
Cada um fez o que quiz,
Aquilo que lhe agradou.
Cada um com seu programa,
Ir à missa e rezar,
Ir as promessas cumprir,
Ou ir apenas passear.
O recinto tem de tudo,
Foi muito bem pensado,
Religiosos ou não,
Vão ali com muito agrado.
Chegada a hora do almoço,
No restaurante Pastilha,
Um ou outro não gostou,
Para muitos uma maravilha.
Entradas e sopa de legumes,
Bacalhau de batatas e salada acompanhado,
As sobremesas normais,
Terminando com café pingado.
Dali à Pia do Urso,
Foi um salto de gazela,
Ao Parque Eco-Sensorial,
Uma coisa linda e bela.
Depois o Luis nos levou,
Por Fátima e Valinhos,
Ver aquelas casas velhas,
Onde viveram os pastorinhos.
Tudo está nos seus lugares,
 Como manda a tradição,
Eles continuam a viver,
Agarrados e à custa da religião.
O sol declinava ,
Era o final do dia,
Para voltar a Rio de Mouro,
Com satisfação e alegria.

09/04/2014 – Francisco Parreira

segunda-feira, 7 de abril de 2014

José Saramago

José Saramago Medalha Nobel
José Saramago
Nascimento16 de Novembro de 1922
AzinhagaGolegãPortugal
Morte18 de Junho de 2010 (87 anos)
TíasProvíncia de Las Palmas,CanáriasEspanha
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritorargumentistajornalista,dramaturgocontistaromancista,teatrólogoensaístapoeta
Principais trabalhosMemorial do Convento;O Evangelho segundo Jesus Cristo;Ensaio sobre a Cegueira.
PrémiosPrémio Camões (1995)Medalha do prêmio Nobel Nobel de Literatura (1998)
Religiãoateu1
Página oficialFundação José Saramago1990, 2ª ed.
«Editoriais do DN e crónicas publicadas no "Diário de Lisboa", onde Saramago sublinha: "No meio de tantas palavras, não encontro senão duas que gostosamente apagaria se não fosse o escrúpulo de proteger o meu próprio respeito. É quando, uma e outra vez, falo de 'jornalistas revolucionários'. Como se não bastasse a ingenuidade de os imaginar assim, ainda fui cair na presunção de me incluir no grupo. Ilusão minha, ilusão nossa." Em "Apontamentos", olhar de Saramago, nomeadamente, sobre "os emigrantes, hoje e sempre"; "os franceses de torna-viagem"; "as regras da convivência"; "o eufemismo como política", ou "a resistência renegada".Ganhou a língua e toda a literatura portuguesa. Uma forma de conhecer com alguma profundidade o lado militante de José Saramago, que aqui surge de forma bastante evidente, ao contrário das suas obras de ficção, onde as convicções políticas, embora lá, aparecem de forma bastante mais diluída. Para descobrir a fase em que José Saramago alertava para os perigos do fascismo e para as virtudes do socialismo.» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)

domingo, 6 de abril de 2014

BELMONTE – PASSEIO
29 e 30 de Março de   2014

 Nosso destino era a Guarda,
A nossa mais alta cidade,
Eram seis da manhã,
Partimos com ansiedade.
Depois de ali chegados,
Com São Pedro a ajudar,
Em passeio pedonal,
Fomos a Sé visitar.
Ao pormenor explicada,
Por amável cicerone,
Com tão baixinha voz,
Teve  de usar o microfone.
Algum tempo livre,
Para compras fazer,
Fotografias tirar,
Para recordações trazer.
O almoço “ carne Jarmelista “
No restaurante Aliança,
Onde pelos comentários,
Todos encheram a pança.
Seguimos para o hotel ,
Agora bem almoçados,
Vendo lindas paisagens,
Até sermos alojados.
Saímos até Peraboa,
O Museu do Queijo visitar,
Acabando essa visita,
A bom queijo degustar.
Regressámos ao hotel Belsol
Para o jantar nos servir,
E depois do bailarico,
Fomos todos dormir.
Nove horas, destino Belmonte,
Até ao Museu do Azeite,
Uma visita agradável,
Por todos nós bem aceite.
Até ao Museu Judaico,
Andámos mais um pouquinho,
Ali naquela vila,
Tudo parece pertinho.
Dali fomos ao Castelo,
Monumento com historial,
E grande significado,
Para este nosso Portugal.
Embarcámos no comboio,
O desconhecido queriamos alcançar,
A hora era de regresso,
Para irmos almoçar.
Bem almoçados agora,
A temperatura a descer,
Fomos para Covilhã,
O Museu de Arte Sacra conhecer.
Ali tudo estava fechado,
O tempo sempre a chover,
Mesmo com tempo livre,
Nada mais podemos ver.
Foi assim que regressámos,
À vila de Rio de Mouro,
Deste tão belo passeio,
Fechado com chave d’ouro.
A todos em geral agradeço,
Mas agradeço ainda mais,
Ao sr.Bruno, à Dra. Marisa e ao sr. Luís,
Que são os três principais.
06/04/2014

Francisco Parreira. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

PowerPoint

Cada um fez sua escolha,
com os parâmetros dados,
os temas a nosso gosto,
que ali foram visados,
pelo grupo PowerPoint,
na casinha dos afectos,
onde mostraram as provas,
com resultados certos,
uma geral surpresa
e muito boa aceitação,
o grupo aplaudiu,
com diploma na mão,
para todos nós um mimo,
pela Doutora Marisa criado,
ali nos foi entregue,
 depois de tudo acabado,
estava na hora do almoço,
o Papario ficava a jeito,
era ali pertinho,
o restaurante perfeito,
as mesas estavam postas,
com aspecto e maneira,
tivemos honrosa presença,
o presidente Bruno Parreira,
excelente companhia,
satisfez nosso desejo,
ali naquela ocasião,
rubricou os diplomas,
que estavam ali à mão.
27/01/2014
Francisco Parreira.